Ontem pela primeira vez, desde que a C. grande anda no colégio, fiquei com o coração apertado, apertadinho e cheia de vontade de chorar agarrada a ela, que nunca tinha visto tão triste. Nem quando fica sem ver o filme que mais quer, nem quando vai para o quarto de castigo e não pode ver os bonecos na televisão, nem quando digo que não pode comer um gelado, nunca a tinha visto como ontem.
Se ela me tivesse contado no colégio que duas meninas (ela diz que são grandes, mas nesta idade tudo é relativo e ficamos muitas vezes cheias de dúvidas, mas sim neste caso deviam ser grandes porque meninas de 4 anos não fazem destas coisas) lhe tinham dado um pontapé no pescoço, lhe tiraram o laço da cabeça e começado a gozar, acho que no primeiro segundo as agarrava e lhes dava um belo sermão, por isso ainda bem que não me disse porque nestes casos tem de ser quem tem competência para o fazer que o deve e não eu, uma mãe que adora a sua filha e ficou para morrer, ao pensar que alguém não gosta dela e que quis fazer mal. Podem ter a certeza que disse sermão, mas pensei uns valentes estalos.
Depois do desabafo, que pode parecer muito mais grave do que realmente se pode ter passado, eu sei, são crianças e em princípio nada disto teve assim tanta importância, fiquei muito mais aliviada.
Muitas vezes, escrever no blog, acaba por ser uma espécie de terapia, em vez de me por a gritar como uma leoa em defesa das suas crias, escrevo e deixo de ter o nó que tinha na garganta e me estava quase a sufocar. Experimentem, vão ver que resulta.
A noite foi agitada, depois de quase ter adormecido ao lado dela, que não queria nem por nada estar sózinha e chorava sem parar (o estranho é que esteve a aguentar-se e só se desmanchou a meio de jantar), hoje lá foi para o colégio cheia de confiança e muito bem disposta. Ufa, que bom porque fiquei a achar que esta manhã íamos ter cena das grandes, daquelas de não querer ir mais para o colégio.
Se me perguntarem o que aconselhei, já sabem muitas não vão gostar, principalmente as professoras e as mais calmas e que acham que a falar tudo se resolve. Eu disse-lhe se te voltarem a fazer alguma coisa, dás um enorme pontapé (amorosa ainda me perguntou onde) nas pernas e foges a correr, muito rápido para o pé de alguém crescido e que esteja a tomar conta.
Está bem mãe vou tentar, foi a resposta de uma miúda amorosa, que me deixou com o coração despedaçado por a ver a sofrer.
Ontem percebi um bocadinho, o horror que deve ser para um pai saber que o seu filho sofre de bullying.
Ai Ana até fiquei arrepiada!! E sim, o meu conselho seria o mesmo! Desculpem, mas quando se metem com os nossos filhos...
ResponderEliminarUm grande beijinho para a C.
Bom conselho! Temos que ser nós, as mães, a ensinar como se devem defender!! Eu sempre disse o mesmo: se te baterem, defende-te!
ResponderEliminarUm beijinho grande!
Nem de propósito, deixo o link de outro pai com a mesma dor de alma... :)
ResponderEliminarhttp://eosfilhosdosoutros.blogspot.pt/2013/09/os-rufias-da-escola.html
Subscrevo na integra Ana!
ResponderEliminarSim, escrever no blog é uma grande terapia (e eu que o diga!)
Sim, viramos leoas enraivecidas quando se metem com as nossas crias!
Sim, viramos o mundo do avesso para as ver felizes!
Sim, responder na mesa moeda porque isso de dar a outra face não resulta na vida real!
Seguir sempre o nosso coração porque eles são a luz da nossa vida!
beijinho grande*
Já me aconteceu... é horrivel! Apetece ir lá e espancar os miudos.O meu tambem tinha 4 anos. Falamos com a professora que tomou logo providências. Eram dois meninos dos 5 anos e puseram nos de castigo, um deles passou um dia de castigo na sala do meu filho e o outro noutra sala de 4 anos. Nunca mais se queixou :))
ResponderEliminarOlá leio sempre e nunca comento. Mas hoje senti angustia nas suas palavras e apesar de o meu pequeno estar com os avós, num caso destes dir-lhe-ia para retribuir na mesma moeda. É triste pensar que isto acontece com crianças ainda tão pequenas...
ResponderEliminarolá Ana ,
ResponderEliminarSei bem o que uma Mãe sente nesses casos ....
ja sofri bastante qd o meu filho passou uma situação
"identica" ...foi posto a margem ninguem brincava com ele
nos recreios :( pois o "lider" o miudo que mandava nas brincadeiras
assim o tinha dito ....e os outros obedeciam......
Foi um ano inteiro neste desespero ...
beijinho grande
Raquel
FIQUEI C O CORAÇAO APERTADO :(((((( que stress! força ana!
ResponderEliminarOlá Ana ,
ResponderEliminarSei bem o que uma Mãe sente nestas situações
O meu filho teve uma "situação identica" quando foi posto
a margem pelo lider da turma ....que não o deixava brincar nem
entrar nas brincadeiras e com rapazes e mais complicado porque a
brincadeira é sempre o futebol ....e ele passou o ano quase todo sentado nos degraus a ver os outros ....sem poder bricar ....
São coisas que nunca pensamos que vai acontecer aos nossos ....
um beijinho grande
Raquel
Ai, que nervos!! Ana, percebo tão bem! No outro dia foi no Ikea com a minha Pilar, 2 anos, e um miúdo que devia ter uns 6. Os pais não fizeram nada e fui lá eu ralhar! Ficaram a olhar de lado, pegaram no miúdo e foram-se embora, mas eu fiquei de consciência tranquila.
ResponderEliminarAna que coincidência...o M* também já veio com duas queixas....e eu ando aqui a pensar o que fazer....ele próprio não valorizou muito...mas contou-me....também miúdos mais velhos...
ResponderEliminarVamos ver como corre hoje o dia...:)
Beijinho
Bom dia. Sei o que você está sentir
ResponderEliminarA minha filha já foi criticada por usar laços no cabelo, já pediram o casaco emprestado só para verem a marca e daí mais críticas, como se não bastasse ontem um colega de 7anos jogou a embalagem de leite no chão e debochou dela.
Estou muito triste! O pai foi hoje marcar uma reunião com professor e pai do colega.
Sempre que posso, passo por aqui. Um beijinho��
Beijinho na doce Carlota!
ResponderEliminarDói tanto....Beijinhos para todos
Conceição Torrado
Aconteceu algo paraecido com o Matias no ano passado, dois meninos (mais velhos, um deles ia para primária este ano)estavam a goza-lo, por ser mais pequeno, enquanto ele estava encostado a parede, acabaram por lhe bater com a mão na cara (não foi um estalo). Tiveram azar, eu vi, ele não estava a chorar mas quando me viu desmanchou-se, chorou. Ora eu que, nestas situações, não sou boa de assoar, disse-lhes, ali ao pé da auxiliar do Matias que também os chamou à atenção. "Não têm vergonha de se meterem com o menino mais pequeno que vocês?" Ao mais velho perguntei-lhe se para o ano gostava que lhe fizessem o mesmo na escola, ao mais novo perguntei-lhe de que sala era. Azar, outra vez, é da sala do Matias. Disse-lhe: Ah é?! Estás tramado, para o ano que vem ele também já é dos grandes e vai ser da tua sala.
ResponderEliminarSe calhar errei, não sei... Mas naquele momento, ceguei. A crueldade das crianças magoa-me tanto!
O Matias nos dias seguintes não queria ir para a escola por causa dos grandes. Chegou então a hora de lhe dizer uma coisa que não era para dizer para já. Disse-lhe que tinha que se defender, para os mandar embora e se não fossem que lhe desse um pontapé. Que se fosse queixar às auxuliares ou à educadora. Disse-lhe que se um emnino lhe batesse que lhe podia dar também. Eu prefiro mil vezes que ele venha para casa esmurrado, mas que se defenda, que me façam queixa dele porque bateu do que ele venha a chorar para casa com medo. Desculpa o testamento mas este assunto preocupa-me tanto.
Ana
ResponderEliminarPois eu acho que fez muito bem dizer para fazer o mesmo porque:
- a encheu de confiança;
- deu à sua filha uma alternativa em que obviamente não vai espancar outra criança mas fazê-la ver que não a pode tratar assim;
- a sua filha vai perceber que consegue lidar com as situações "sozinha", que é uma crescida cheia de garra.
Obviamente que se se repetir terão de ser os adultos a intervir e falarem entre eles.
Mas gosto que a tenha incentivado a ser forte e não a típica queixinhas. ADOREI!
E não é a sua filhota que não é uma criança amorosa. São coisas normais de crianças, em que cada pessoa testa os limites da outra. Alguns miúdos mais parvos que outros.
(se alguém fizesse mal às minhas sobrinhas só me apeteceria pregar um estalo no "agressor". Felizmente somos todos gente equilibrada!"
Ana se duvida agiu correctamente deve-se ensinar os filhos a defenderem-se e nao a terem medo ....mas fique atenta e deve falar com alguem no colegio para que a situaçao nao se repita tb passei por isso e cheguei a uma altura tive de me dirigir directamente a criança pk os pais nem apareciam nas reunioes para saber o que se passava com o filho...bjs
ResponderEliminarFiquei indignada ao ler isto e com imensa pena da Carlota. Mas, pelos vistos, ela é uma menina forte que foi para a escola de cabeça erguida graças à confiança que a mãe lhe transmitiu. Eu digo à minha para dizer bem alto "não me fazes isso!" e ir para perto de um adulto, mas, vendo bem um belo pontapé é que é. Espero que ela nunca precise...
ResponderEliminarQuando estamos em espaços públicos e vêm miúdos mais velhos tirar coisas aos nossos filhos (IKEA, Shopping, Parques), já achamos uma situação de apertar o coração, mas estamos lá para os defender! Já me aconteceu e fiquei ofendida com a tranquilidade dos pais da outra criança!
ResponderEliminarAgora quando é num local em que não podemos estar todos os minutos ao lado deles....nem quero imaginar. E a Ana fez muito bem no conselho que deu. É uma questão de defesa pessoal! Pode ser que se acontecer comecem a respeitar a Carlota!
Não conheço a Ana e a Carlota, mas até a mim me deu vontade de dar uns estalos às ditas meninas mais velhas quando estava a ler o texto!
Um beijinho e coragem para as situações menos boas (a si e a todas as mães que passam pelo mesmo!),
Joana
Bem Ana.... Li e fiquei com um aperto no coraçao.... O meu menino de ainda 3 anos que foi agora para a escola grande,a passar por isso :/ Ai nem quero pensar no tormento em que ficou a C :'(
ResponderEliminarE sim, eu também digo isso e nao me venham ca dizer que é incentivo à violência: se te batem tens que te defender!
Um bj enorme para a C e outro enorme para ti e para o teu marido <3
Ana Nobre
Ai Ana ... custa tanto!
ResponderEliminarO conselho que dou aos meus é que a 1a nunca deve ser deles mas que, se lhes derem, respondam da mesma moeda!
Isto de aconselhar os miúdos a serem alguém educado e bonzinho na escola não é fácil porque há crianças sem o mínimo de educação e que não respeitam ninguém. É triste ...
Há que prepará-los para a "selva"!
Ontem também fiquei assim de coração apertadinho quando fui levar o mais velho ao Liceu e me apercebi que os outros miudos têm, em média, mais 15 cm que o meu. Ou seja, é um bebé no meio de crescidos ... custa tanto ...
Beijinhos para a C grande
Ola! que triste mas faz parte da vida dos nossos filhos, so nunca pensamos que custaria tanto.
ResponderEliminarNao é a proposito deste psot, sempre tive curiosidade: em que colegio andam as suas filhas? nunca menciona, por alguma razao?
Olá, devemos estar atentos a todos os sinais. O meu filho mais velho quando foi para o primeiro ano, todos os dias fazia queixas de um colega mais velho, desvalorizei, até ao dia em que tinha a perna toda negra de um pontapé. No dia seguinte falei com a diretora da escola e avisei que era a ultima vez, que tinha ouvido o nome do colega lá em casa. Não sei se falou com o menino ou com os pais, mas até hoje :)
ResponderEliminarEles são pequeninos e isso fica gravado para sempre, tudo de bom
Bjs Anita
Que situação aborrecida Ana ;(, espero que tenha sido apenas um triste episódio!
ResponderEliminar... e em relação ao que diz que escrever no blog serve como terapia, concordo plenamente, utilizo o meu muitas vezes para isso mesmo! ;)
Beijinhos
Ola!
ResponderEliminaré grave sim e mt triste.. pontapé no pescoço achei gravíssimo!! é mesmo caso para falar e bem com a directora da escola: trata-se da integridade física da Carlota... :(
fico triste e de coração apertado so a pensar no momento em que a minha tenha de ir para a escola.. :(
Tadinha... Que dor de alma. O meu filho quando foi para a pré apanhava dos outros meninos e nao se defendia, por eu lhe andar sempre a dizer que nao se batia nos meninos. A professora chamou- me e disse - me que me estava a contrariar e que o incentivava a defender- se e que se lhe batiam, tinha que dar de volta. A verdade é que resultou e hoje com 5 anitos defende- se.
ResponderEliminarSe esta situacao fosse comigo eu ia contar na escola, nao para fazer queixinhas mas para alertar e porque quando juntam crianças com 2 anos de diferença ou mais, é muito importante terem adultos a supervisionar e sao eles quedavam actuar na hora.
Um beijinho grande
O dia de hoje como foi?
ResponderEliminarQue dor foi ler isto e nem sequer tenho filhos. Quanta maldade. Concordo inteiramente com opiniões que aqui foram ditas, o melhor é falar com alguém responsável na escola. Lembro-me dos meus tempos de criança, em que via meninas e a meninos a serem gozados por outros, felizmente nunca passei por situações de real bullying, nem por uma situação como a que descreve aqui, mas tenho a certeza absoluta que se os pais tivessem intervido mais, se calhar determinadas situações poderiam ter sido evitadas. Mas isso também depende da relação que as crianças têm com os pais, numa relação saudável eles partilham estes medos e receios com os respectivos progenitores.
Espero que nada disto se volte a repetir com a C. grande
Esta história revirou-me o estômago. Que espécie de pessoa faz mal a uma criança tão pequena? As miúdas que lhe fizeram mal vão no mau caminho e acredite que este é daquele tipo de episódio que marca uma criança para sempre. Espero que além do bom conselho que deu (a meu ver é bom, ela tem que se defender), os pais dessas bullies (que também o devem ser) sejam advertidos, bem como o pessoal do colégio. Caso para perguntar, nenhum adulto viu, ninguém fez nada...? Também espero mesmo que não volte a acontecer.
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