sábado, 18 de maio de 2013

Nunca se sabe o dia de amanhã...

Acordar a meio da noite com um pesadelo daqueles que nos deixa o dia todo angustiadas, com o coração apertado e com um desejoso enorme de abraçar as minhas filhas e não mais largá-las, poder garantir que nunca iria faltar-lhes, foi o resultado desta última noite de um sono tão agitado que acordei mais cansada do que quando me deitei.
Este vai ser um post pesado, que poderá fazer impressão a algumas mães mais sensíveis e vai deixar algumas a pensar também.
O meu sonho foi péssimo,  não tanto ou directamente para elas, mas eu morrer e deixar três miúdas pequeninas, sem mãe tão cedo, é mau e claro que as iria afectar imenso. Mãe há só uma e amor de mãe também.
Pensar que nunca mais iria vê-las, que não iria acompanhar o seu crescimento, as suas graças, as suas conquistas e não iria poder estar cá para lhes dar conselhos, um ombro para chorar e um colo para adormecer, deixou-me a pensar. A pensar, porque nada na vida é garantido e muitas vezes não é só aos outros que acontece, também nós podemos, de um minuto para outro deixar de cá estar por uma razão parva ou simplesmente porque era esse o nosso destino e tinha mesmo que acontecer.
Bati três vezes na madeira, rezei e pedi para que nada do que sonhei aconteça. Pedi para ficar por cá muitos, mas muitos mais anos, com as minhas três filhas que são a coisa que mais AMO.

Uma coisa decidi, vou pedir ao H. que vá fazendo algumas gravações minhas com elas, minhas a dizer o quanto as amo, o quanto as irei amar e o quanto para mim são importantes. Irei tentar deixar gravados alguns conselhos de mãe, algumas mensagens queridas, porque se um dia algo me acontecer, só peço que não me esqueçam e só peço que lhes mostrem o quanto eu as amei.

Pode parecer macabro, lamechas e horrível, mas nunca se sabe o dia de amanhã...

Hoje escrevi em forma de desabafo o que me vai no coração,  para que desapareça este nó que tenho na garganta e que me está a dar tanta vontade de chorar. Lágrimas enquanto escrevia, caíram algumas, mas no final, fiquei muito mais aliviada...
Obrigada.


foto que adoro tirada pela After Click, e camisola de golas Letras bordadas


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10 comentários:

  1. Ai Ana! Que sonho horrível!!! Mas infelizmente é uma realidade para algumas famílias...Diz a sabedoria popular que quando se conta um sonho mau a alguém ele não acontece. Com tantos leitores e leitoras Fica afastada a possibilidade do sonho se realizar!!!

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  2. Ana deixaste-me de lágrimas nos olhos e ainda nem sou Mãe.

    Não acho nada macabro, lamechas? Talvez, mas um lamechas bom, se Amar incondicionalmente é isso então quero ser uma lamechas como a Ana!
    Beijinhos grandes

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  3. Há dias assim...mas seria sempre boa ideia deixar recordações/ conselhos para que os filhos sentissem a presença da mãe. Eu tenho algumas que a minha me deixou e não têm preço. Entretanto, os sonhos hoje deverão ser melhores :)

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  4. Não costumo comentar, mas hoje, após ler o que escreveu, resolvi dizer-lhe o que a minha avó sempre me disse desde miúda, quando me via angústiada por ter sonhado com a morte: " Sonhar com a morte de alguém significa prosperidade e vida longa para essa pessoa".
    Por isso Ana, terá muitos e bons momentos com as suas princesas por longos anos.
    Um beijinho

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  5. Penso tantas vezes no mesmo!! E rezo muito para que Jesus me dê a Graça de os ver crescer Felizes com o pai e mãe sempre presentes.
    Um gde bjinho

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  6. Que horror Ana... infelizmente esse é um sonho, ou melhor, um pesadelo que atormenta qualquer mãe... que Deus nos livre de uma coisa dessas... mas os entendidos em sonhos dizem que sonhar com a própria morte é sinónimo de longevidade ;-)
    Mas eu nem gosto de pensar nisso... até fico mal disposta :((
    beijinho grande para si e para as Cs.

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  7. Muitas vezes os sonhos são o reflexo do que nos vai no coração. Penso que muita gente tem esse medo. Este blog já é uma grande amostra do amor de uma mãe pelas suas 3 filhas!
    beijinho

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  8. Ana, desde pequena que tenho imenso medo de morrer. É algo que me acompanha desde que me lembro de ser gente. Com o nascimento da minha filha esse seu medo assalta a minha mente várias vezes e, tenho tanto tanto medo de não conseguir vê-la crescer que muitas vezes dou por mim a fazer mais uma sessão fotográfica e até a gravar momentos com ela para que, se algo me acontecer, ela possa ter muitas lembranças minhas.

    Percebo-a perfeitamente, mas o melhor é mesmo desabafar (coisa que no fundo também acabei por fazer aqui), assegurar muitas memórias boas mas manter espírito positivo.

    Um beijinho e um resto de dia bom com as suas meninas.

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  9. Também penso imenso nisso Ana, penso tanto da minha filha me faltar, como seria a vida dela se eu lhe faltasse tão cedo. Desde que soube que estava à espera dela que lhe escrevo um livro (ainda falta imprimir) onde lhe escrevo mas sempre que há qq coisa gira para contar. A esse livro junto fotografias e mesmo que eu não lhe falte (se Deus quiser) há de ser um presente giro para lhe dar um dia quando tiver 20 anos! :)

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