Quando ficamos grávidas tudo nos passa pela cabeça, mas a maior e mais importante é que nasça um bebe com saúde e sem nenhuma má formação. Passei por três e nas três o sentimento foi o mesmo.
Tive de fazer a amniocentese, fiz os exames todos que o médico aconselhou para ter as certezas possíveis, que tudo estava bem com as minhas filhas na barriga. Só houve uma que na altura achei que não era assim tão importante, que ainda era pouco fiável e não quis fazer. Foi mais ou menos quando fiquei grávida da Carlota (talvez um pouco antes) que apareceram com maior destaque as informações da criopreservação de células estaminais.
Não fiquei convencida e não fiz. Por não ter feito na gravidez da Carlota não quis fazer nas outras, mas hoje, estando mais bem informada, tendo inclusive sabido de casos de sucesso (um até bem próximo), teria feito. Teria feito mesmo não tendo feito na primeira, porque as células que se retiram podem ser usadas em familiares próximos, como é o caso de irmãos.
Não fiz, mas hoje em dia posso aconselhar futuras mães a fazerem. Informem-se bem e peçam conselhos antes de decidir, mas sem dúvida que a Crioestaminal poderá responder a TODAS as vossas questões (um dos laboratórios mais avançados no mundo, talvez por isso líder de mercado e onde quase todas as minhas amigas fizeram e dizem ser bastante idónea nas informações prestadas sobre as células estaminais ).
Se fosse hoje teria feito...
Não há no MUNDO maior tesouro e maior riqueza que estas 3, estes sorrisos, estes abraços e estes momentos que quero repetir todos os anos até eu morrer...
A minha mãe faleceu com um linfona e eu não fiz crio preservação nos meus filhos. Sou formada numa área científica, investiguei bastante sobre esse serviço, consultei o meu obstetra e recolhi informação no Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) cuja opinião em linhas gerais passo a citar "o potencial benefício, para o próprio ou um irmão, é na verdade, no momento atual, quase residual e geralmente inexistente".
ResponderEliminarResumindo, é um negócio muito lucrativo para as empresas de crio preservação a operarem em Portugal, sendo que em paises como a França e Itália até é proibido. Na minha opinião em Portugal também devia de ser proibido os bancos privados de células estaminais e impulsionado a existência dos bancos públicos, que pudessem ser usados por todos.
Carla Carrasco
Carla, se as celulas como diz, não são beneficio no privado porque passariam a ser no publico? Em tempos, já depois de ter tido a Carlota, tb pensava da sua maneira, até que vim a saber que todas as celulas armazenadas pelo publico ficaram "estragadas" e sem poderem ser utilizadas. Hoje em dia nem sei como está a ser feita a recolha no publico mas que sei de um caso que as celulas foram usadas e até agora tudo está a correr bem com o irmão que as usou, isso sei e posso confirmar. Bjs
EliminarMas atenção, cada caso é um caso e acredito que infelizmente não possa ser a salvação em muitos deles e em muitas doenças que ainda não conseguimos fazer com que acabem :(
EliminarO mesmo defendia a minha professora de biologia...
EliminarAna, o que a Carla quis dizer é que, como normalmente as células não dão para usar no próprio ou irmãos, num banco público estariam à disposição de quem necessitasse, coisa que não acontece num banco privado.
EliminarTambém não fiz para os meus 2 filhos.
Bjs
Eu fiz porque uma das respostas que todos davam era "no momento actual". A ciência todos os dias tem evoluções e o que hoje não tem utilidade, amanhã pode passar a ter. Foi uma escolha consciente e tal como um seguro de vida, espero nunca precisar de saber se tem ou não utilidade.
EliminarA fazer, façam no público!!
Eliminar. Não tem custos, contra os 2 ou 3 mil euros que custa no privado.
. A probabilidade de serem úteis no próprio é mínima, para não dizer praticamente impossível...
. No público, podem ser úteis para alguém... Quão bom é saberem que salvaram uma vida com um simples gesto?
. Eu sou dadora de medula. Inscrevam-se também :) não custa nada! E salvam vidas.
Ana Maria
(Sou médica)
Ana Lemos infelizmente tenho de concordar com o primeiro anónimo, aliás isso já está em "voga" há uns 9 anos e ainda não houve nenhum caso de uso das células que tenha sido noticiado....isso é um investimento...não se sabe muito bem em quê...nem é garantido que se necessário, elas sirvam realmente :(
EliminarComo cientista sabe que em 25 anos a ciência ainda evoluirá consideravelmente. Eu fiz das minhas duas filhas e voltaria a fazer.
EliminarNa minha primeira gravidez, à 4 anos, fiz a criopreservacao com o banco público porque pela informação que tive dos bancos privados o valor que se pagava era absurdo e com o público pelo menos sempre poderia contribuir para pesquisa já que não se tinha a certeza da utilidade das células estaminais na própria criança. Este ano tive o meu 2o filho e queria continuar a contribuir para o banco público e soube que este apenas está a fazer escolhas no Hospital de S. João no Porto depois de um período conturbado... porquê? Em alguns países da Europa os bancos privados são proibidos e apenas há a alternativa de banco público, em Portugal... ou é privado ou não é nada :( e toca a desembolsar e a ser "egoistas" quando podíamos estar a contribuir para o desenvolvimento da ciência
EliminarTrês filhos e não fiz de nenhum. Não fiz,porque perguntei ao meu obstetra que me respondeu que isso tinha de ficar à nossa consideração, mas que no entanto ainda não há garantias de nada. Naturalmente que a ciência pula e avança fantasticamente! Do que me informei é que a possibilidade de usar as células em si ou nos irmãos é mínima. Sinceramente, continuaria a não fazer...mas não sei como reagiria se acontecesse algo terrível a um dos meus filhos.
EliminarNão fiz da minha primeira filha porque depois de muito investigar cheguei à conclusão que para mim apenas faria sentido o banco público, concordando com algumas das opiniões aqui cedidas. Este na altura apenas recolhia no s.joao. Em Setembro nasceu o meu segundo e doei para o banco público que já recolhe na maternidade Júlio Dinis e no Pedro Hispano, para além do s.joao. Se acontecer alguma coisa ficará sempre a dúvida se fiz a escolha certa, mas acredito que quem semeia, colhe.
EliminarQue interessante! Podia falar mas sobre esse caso de sucesso próximo de si?
ResponderEliminarDados médicos nao consigo nem iria descrever, até porque podia dizer algum termo errado e induzir em erro. Foi usado num caso de anemia em que foi feito o transplante
EliminarFiz a criopreservação das células estaminais de ambas as minhas filhas (4 anos e 17 meses). Foi uma decisão imediata, nem cheguei a considerar a hipótese de não o fazer. Confesso que nem me informei demasiado sobre o assunto e acredito que nem seja tão vantajoso como a publicidade que essas empresas agora fazem quer fazer parecer. A verdade é que a probabilidade de uma criança (ou os seus irmãos) vir a ter uma doença em que estas células sejam uma opção terapêutica é muito reduzida. A probabilidade de, mesmo nestes casos, esse ser o tratamento mais indicado é menor ainda. De qualquer forma, sendo este um procedimento inofensivo para a criança que, na pior das hipóteses vai "ser dinheiro deitado ao lixo" e, na melhor, pode vir a salvar a sua vida, a escolha parece-me evidente.
ResponderEliminarNão é inofensivo para a criança mas é prejudicial, ao contrário do que pensa. Para se fazer a recolha tem de se cortar o cordão umbilical mais cedo do que se devia pois este ainda pulsa algum tempo mesmo com o bebé cá fora. Nesse momento está-se de facto a prejudicar o bebé que não recebe na altura todos os ingredientes que merece. Essa foi uma das principais razões por que não fiz
EliminarConhece algum bebé que tenha morrido, ficado gravemente doente por falta de nutrientes ou menos inteligente após este procedimento? Qualquer bebé consegue viver perfeitamente com essa "falta" momentânea, mas não conseguirá sobreviver mais tarde a uma doença mais séria sem o devido tratamento. Não querendo com isto dizer que essa seria a única ou mesmo a melhor forma de tratar a criança. Só acho que mais vale prevenir para o caso de termos o azar de pertencer aos 0,000001% que vai efectivamente precisar deste tratamento. Claro que são opções pessoais e não critico quem acha que a probabilidade de acontecer alguma coisa é tão pequena que não justifica o custo ou essa pequena falta de ingredientes no momento do nascimento. Cada um sabe de si e dos seus, mas eu não seria capaz de viver com a culpa de não ter guardado as células, caso alguma das minhas filhas viesse a precisar delas.
EliminarNão sinto culpa nenhuma. Sabe-se que o uso dessas células é baixíssimo. E não acho que seja assim tão pequena essa falta.
EliminarAtenção, não estou tentar insinuar que deve sentir culpa. Eu se não o tivesse feito e nunca viesse a precisar (que é sem dúvida o mais provável!!), também não sentiria. Mas por mais baixo que seja o uso dessas células (eu sei que é!), pode sempre acontecer-nos a nós e eu prefiro "jogar pelo seguro". De qualquer forma, como disse, não critico ninguém pela decisão que toma quanto a esse assunto. Não tenho a menor dúvida que, embora com visões diferentes, ambas queremos o melhor para os nossos filhos.
EliminarNão são benefício no próprio ou em irmãos como digo, pois a maioria dessas doenças até tem um fundo genético como sabe. E havendo crio preservação para quem quer fazer, deveria ser pública. Estar congelado 25 anos e não servir , e com ele poder ter salvo uma outra vida, mesmo que de um desconhecido, ou não concorda?
ResponderEliminarConcordo com o que diz sobre a baixa utilidade do procedimento, conforme já comentei. De qualquer forma não concordo com o que diz quanto a públicos e privados. Prefiro que as células estejam reservadas 25 anos para utilizar nas minhas filhas, na ínfima hipótese de vir a ser a solução para algum problema futuro, do que autorizar que utilizem noutra pessoa e um dia vir a arrepender-me. Pode ser egoísta da minha parte, mas a saúde delas será sempre o mais importante.
EliminarConcordo, claro!
EliminarAna, desculpe - me a sinceridade, sou sua seguidora há muito tempo e não tenho nada contra publicidade em blogs, aliás sou a favor, porque acredito que um blog dê trabalho e se podem ser remuneradas por esse trabalho, acho bem. Agora acho que era mais fiel e sincera aos leitores se fizesse menção a isso no final dos posts. Não tem feito e às vezes dá - me a sensação que quer fazer "passar por parva" (desculpe a expressão) quem a segue. Desculpe a sinceridade, gosto muito de si, das suas meninas, não tenho nada contra publicidade e patrocínios, mas acho que seria mais Leal para com as suas leitoras se desse essa indicação! Um beijinho, Filipa
ResponderEliminarOLá Filipa, nao é de todo isso. Fiz em tempos um post onde expliquei as minhas razões para o ter deixado de fazer.
EliminarNeste blog só faço publicidade ao que acredito e gosto, quer seja por minha iniciativa ou por parceria e isso devia ser suficiente para quem me segue ler e acreditar, ler e tirar as suas sugestões, dicas e informações, ou não ligar caso o assunto não seja útil e nao lhe interesse. Era tão mais simples se olhassem para o blog dessa forma ;)
Bjs e por favor nao pense que faço como faço para vos tentar enganar.
Mas sabe que é obrigatório por lei assinalar não sabe?
EliminarSou a Filipa, o anónimo das 22h50. Não quero mesmo que a Ana leve este comentário a mal, até porque gosto muito do blog, mas às vezes dá - me essa sensação... Como a amiga que tinha o blush na mesa do café, entende? E depois mais outra blogger fala desse produto como quem não quer a coisa (e leva para a maternidade???) . Se dissesse que a marca a convidou a experimentar e gostou, eu acreditaria na mesma, e até pareceria mais sincero, entende Ana? Não leve de todo a mal, penso que seja uma crítica construtiva. E sou das pessoas que até gosta da publicidade em blogs porque à conta disso conheci muitas marcas e produtos giros, que de outra maneira provavelmente não conheceria. Quanto ao outro anónimo acho que ainda não está nada aprovado em termos de lei, falou-se nisso mas acho que ainda não saiu.
EliminarEntão Ana, indique lá se já houve algum hotel ou restaurante para o qual tenha sido convidada a experimentar e que depois não tenha feito um post sobre o mesmo ou que tenha feito uma critica menos boa, existe? É que se houve, não me lembro...
EliminarSim já houve e se ler os posts e não apenas os comentários (que para certas pessoas é o unico interesse) já tinha visto e percebido, foi tão evidente que a maior parte percebeu.
EliminarMal de um sítio para o qual fui convidada não irão ler, mas nenhum elogio isso sim.
Entendemos isso e ainda bem que é assim, no entanto o objectivo das leis é não só serem respeitadas mas aplicadas. Por lei a Ana tem de referir que é publicidade, independentemente de acreditar ou não no producto...isso ficará à consciência de cada um.
ResponderEliminarRegra geral, As possibilidades de utilidade no próprio são ínfimas. E no caso como relata, faria nas outras filhas e assim daria para outra se fosse k caso. Pois bem, dá na mesma... No caso de leucemias os irmãos recolhem uma amostra de sangue pela veia periférica, em que irá determinar se são ou não compatíveis com o irmão doente. Por essa perspectiva está sempre salvaguardada, se fossem compatíveis as células estaminais do cordão umbilical, também serão compatíveis as retiradas por aférese. Não fiz da minha filha, considerei que a informação não era suficientemente clara, senti sempre que nos estavam a tentar vender a todo o custo. O meu marido foi diagnosticado com leucemia 8 dias após o nascimento de nossa filha. A irmã não é compatível com ele, e desde logo ficou claro que precisaria de transplante de medula. Entrou no banco internacional de procura de dador e um anjo sem rosto, alemão, foi compatível com ele. De 10 características mais importantes analisadas, foram compatíveis em 10!! Um perfeito desconhecido mas que a sua carga genética tornou-o mais que um irmão!!! Se fosse hoje, teria feito a crio-preservacao, mesmo continuando a achar que vendem gato por lebre... Mas a convivência com a doença faz.me ver as coisas de outra forma. Uma forma de estar em que simplesmente damos tudo, mesmo por 0,01% de probabilidades
ResponderEliminarNao e so uma questao da utilizacao. E mesmo sobre a recolha, seleccao e conservacao. :os dados dos bancos públicos mostram que apenas entre 20 a 40% das amostras colhidas têm "qualidade" para ser utilizadas, isto apesar de os bancos privados receberem - na maioria dos casos por valores que ultrapassam os mil euros - por todas as amostras colhidas." (daqui: http://www.publico.pt/portugal/jornal//conselho-nacional-de-etica-arrasa-bancos-privados-do-cordao-umbilical-25790022)
ResponderEliminarNão duvido da fiabilidade dessa informação e sei que a probabilidade de um dia vir a utilizar as células preservadas para salvar uma das minhas filhas anda muito próxima de zero. Ainda assim, prefiro perder os mais de mil euros de que fala (ou outro valor qualquer) a um dia vir a perder uma delas desnecessariamente e arrepender-me para o resto da minha vida. Fiz a crio-preservação para as duas e, se vier a ter mais filhos, continuarei a fazer.
EliminarQuanto aos comentários sobre a publicidade, também acho que deveria estar sinalizada, embora só não perceba quais são os posts publicitários quem não quiser perceber.
Por aqui fiz do mais velho que tem 8 anos e fiz na crioestaminal, nao fiz da bailarina que tem 18 meses agora pela razão que a Ana indicou o facto de ser possivel utilizar em familiares diretos (manos). Espero nunca precisar das que guardei mas fico um pouco tranquila com essa decisao que tomei. Um beijo doce :)
ResponderEliminarSe fosse assim tão tão importante, um produto tão essencial, nem sequer seria preciso fazer publicidade. E a que fazem não é pouca, está em todos os blogs de maternidade e não só. Isto é mais um scam para jogar com a saúde das pessoas e a sensibilidade das grávidas.
ResponderEliminarRita
Infelizmente é isso mesmo.
EliminarE havendo um banco público gratuito com acesso para toda a gente...
Sejam dadores de medula!!! Isso sim, salva vidas! Como alguém chamou acima, são anjos sem rosto que ajudam sem nada receber em troca.
Nunca soube de nenhum técnico de saúde (para além dos ligados a estas empresas) que defendesse a criopreservacao das células estaminais, a não ser em bancos públicos. Por outro lado, sendo empresas privadas, quem garante a viabilidade financeira das mesmas? Quem garante que realmente preservam as células estaminais durante 25 anos?
ResponderEliminarBoa tarde li à pouco tempo de outra possibilidade,para quem não fez a primeira, a criopreservaçao de dentes de leite de onde retiram células em caso de necessidade, não sei pormenores, nem quem os prática mas existe,e depois de caírem desde q conservados no frio,em casa dispõe de cerca 24 horas para serem crioperservados. Vale o que vale...
ResponderEliminarA pergunta que eu fiz foi são empresas privadas. E se fecham daqui a 5, 10, 17 anos? No banco público só apenas uma percentagem das recolhas são viáveis e no privado? Não fiz recolha. Aliás fiz mas para o banco público. Sou dadora de medula. O mundo lucra vá muito mais se todos contribuissemos para um banco público, gratuito e massivo.
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