terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A chucha

A Conchinha não usa chucha desde os 18 meses. Muitas acharam que tirei cedo demais, mas a verdade é que no caso da C. pequenina teve mesmo de ser e na altura nem foi muito dramático. Como passava os dias inteiros de chucha na boca, não falava nem dizia uma única palavra, o que não achávamos nada normal porque  me lembrava da Carlota que nessa idade já tentava dizer algumas coisas. Sempre que queria pedir água, pão ou outra coisa qualquer apontava e nem tentava, por isso resolvemos que a chucha o dia inteiro na boca, não ajudava nem um bocadinho. Tirámos e desde logo as diferenças foram brutais. À noite para dormir agarrava-se a ela cheia de saudades e as coisas correram lindamente. Nem foi preciso muito tempo para deixar de ter também à noite. O problema voltou este ano quando mudou de colégio. Pelos vistos a espertalhona conseguiu enganar as  senhoras que a deitam para dormir a sesta. Não sei muito bem como, mas conseguiu ficar com a chucha de outro menino qualquer. Não ficou um dia ou dois, conseguiu ficar um período inteiro sem que alguém percebesse que a chucha não era dela (só penso no coitado do outro que passou tanto tempo sem ela).
Se não fosse a semana passada ter tido cá em casa um ataque de choro à noite porque queria a chucha da Caetana, eu nem tinha percebido. Não imaginam o desespero na cara e no choro dela, por não ter o que mais queria! Estava num estado de nervos tão grande que tive de acabar por ceder e deixá-la dormir nesse dia com uma da mini C. Foi horrível e partiu-me o coração, nunca a tinha visto assim.
No dia seguinte, tive uma conversa no colégio para tentar chamar a atenção, até porque uma das regras que ali supostamente há é que não podem andar meninos nem de fralda nem de chucha, logo tudo teria sido evitado se as regras fossem cumpridas e exigidas a todos.

Foram apenas dois dias em que voltei atrás e a deixei dormir de chucha, passou rápido e hoje já nem fala dela outra vez, a não ser em raras ocasiões que a apanhamos de baixo da cama com a chucha da irmã.  Mas também se não fosse assim, esta não era a nossa Conchinha espertalhona e cheia de truques, até para a mana pequenina. Sim, porque já a ouvi  dizer-lhe por mais de uma vez:
- Caetaninha querida, vou ali com a tua chuchinha só um bocadinho, tá bem?

Tão pequenina eu sei, mas não me arrependo de lhe ter tirado a chucha nesta altura


Quem mais tirou a chucha cedo?




ps - Hoje foi dia de trazer coisas novas para elas, a pensar no Verão e nos dias quentes que já não tardam a chegar. Por vezes vale a pena não deixar fugir uma ou outra peça que nos deixa apaixonadas,  pois podem desaparecer e não voltar. O preço baixo de algumas peças também ajuda a convencer, confesso.
Desta vez (e em muitas outras porque eu adoro vê-las de azul) o azul convenceu-me e nem me deixou dúvidas.
Quase tudo Zippy e as duas túnicas com bordados para as mais pequeninas da casa, com muita pena não há tamanhos maiores para a C. grande, da Primark por um preço que não vão acreditar (6€ cada).


Meninas vestem azul e ficam o máximo...
Túnicas bordadas (lindas): Primark
Pijamas, babygrow (não resisti e hoje a mini C. vestiu para ver se estava bom e não podia ficar mais querida), camisolas e saia (gira, gira, gira): Zippy


As compras da Zippy podem ver todas com melhor definição no site aqui (estas foram tiradas à noite e com telefone).


Boa noite!



14 comentários:

  1. Coitadinha da Conchinha. Tão cedo sem a chucha...tão cedo deixou de ser o "bebe da casa"! Ela também é quase um bebe ainda.

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    1. É verdade era muito pequenina mas estava viciada nela e foi mesmo bom e notou-se a diferença. Continua a ser uma bebe que enchemos de mimos :)

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  2. Só lhes faz bem não usar a chucha Ana! Para além de que é o melhor para os dentes. Acho lindo usar a chucha da irmã às escondidas, o mais velho cá de casa faz o mesmo com quase 5, uma vergonha��!

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  3. Eu gosto da Zyppy, comprei lá imensas coisas no Inverno, mas do que vi da coleção nova fiquei um bocadinho desiludida, achei os tecidos muito fraquinhos e nem se deram ao trabalho de os passar antes de expor estava tudo super machucado. Não achou mais fraquito Ana?

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    1. Fui hoje ao Colombo e ainda não têm muita coisa. Eu gostei imenso do que trouxe. E para bebes adorei algumas peças diferentes que lá tinham. Também gostei das coisas de rapaz ;) Acho que continua o mesmo genero, não achei grandes diferenças. MAs como disse ainda deve faltar muita coisa ;)
      Bjs

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  4. Acho fantástico ter conseguido tirado a chucha tão cedo!Mas acho sempre que as regras não são iguais para todos os filhos.A minha filha mais velha deixou aos 4 sem problemas porque tinha uma irmã com 3 chucho-dependente e outra recém-nascida...dava-me imensa pena e no final de contas não custou nada.A minha filha Joana tem 6 anos e deixou há 1mes depois de 2 anos de tentativas...mesmo depois de 2 meses sem usar, se encontrar uma chucha...não importa de quem é, ela não resiste!e a mais pequena com 3 vai tirar agora.mas todas elas tiraram super tarde!

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  5. UMA (das muitas) historias amorosas Ana, mais uma do coração...

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  6. Sobre a Chucha um dia escrevi:


    "Há algum tempo, resolvi por em prática um sonho, ser mãe.
    Queria muito, o hoje pai também, e dali resultou a luz dos nossos dias.
    Fui aprendendo tudo, bom e mau. Foram momentos difíceis, hoje olhados apenas com nostalgia de "parece que foi ontem", mas o certo é que está quase nos 3 anos.

    Eu tenho um bebé. Achava eu...
    Houve 1 coisa que eu comprei quase ao mesmo tempo que o teste: a primeira chupeta.
    Comprei muitas chupetas em toda a vida, primeiro para o Afonso depois para o Pedro, e eram só primos.
    "Xuxu", dizia eu.
    Com a minha voz, ou voz pateta, sempre falei "português", menos o "xuxu".
    Ninguém sabia o que era, só nós. Para ti, Tutu. Não há cá Pepes, ou Petas.
    Tutu.
    Comprei tantos, marcas, cores, tamanhos e feitios, cada toillete tinha o seu Xuxu.

    Primeiro foi a mama, mas ainda era bebé...
    Depois a esterilização, mas permaneceu bebé.
    A caminha, as fraldas, e toda uma independência...
    Hoje é a terceira noite sem Tutu. Ou Xuxu.

    Ele próprio teve essa decisão. A mãe ajudou, o G. estragou e agora não precisa de nada.

    Desejei todas as conquistas, 1os sorrisos, sentar, gatinhar, por de pé, andar, correr, comer sozinho, falar, deixar as fraldas... Mas o Xuxu eu fui deixando.
    E agora?
    Onde está o meu bebé? Onde foi que o perdi?
    Passaram 1006 dias desde o primeiro dia, talvez fosse já necessário.

    E em silêncio lhe peço desculpa pelo aconchego que secretamente te tiro."

    Como me doeu tirar lha, só por me que chatearam...

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  7. Bom dia,
    De vez em quando vejo o seu blog, gosto da sua atitude perante determinadas situações, outras não tanto. Cada um tem a sua opinião e julgo que o importante é respeitarmos as ideias uns dos outros, trocar de opiniões sim, discordar sim, mas sempre com respeito pela posição do outro. Por isso peço-lhe que não leve a mal o meu comentário. Acredito que agiu perante determinada situação achando que faria o melhor para a sua bebé, e acho que, avaliando a situação, e se constatasse que isso estaria a condicionar o desenvolvimento da linguagem também decidiria por fazer algo. A minha mãe conta-me que me tirou a chucha com 1 ano e pouco porque a sua utilização estava a impedir o desenvolvimento dentário (não sou especialista na área, não sei avaliar).
    O que discordei completamente foi a imposição de regras "que ali supostamente há é que não podem andar meninos nem de fralda nem de chucha, logo tudo teria sido evitado se as regras fossem cumpridas e exigidas a todos". Acho ridículo que uma creche/Jardim-de-infância imponha uma coisa dessas. Então e o respeito pelas diferenças de cada criança, o respeito pelo ritmo de cada criança e pela diferença? Parece que estão a preparar crianças para um método de ensino transmissivo, em que a criança tem um papel secundário, apenas o de recetor. Para um ensino em que se exige que todos aprendam as mesmas coisas ao mesmo tempo, ignorando as experiências e dificuldades que cada criança tem. Ignorando que por trás de cada diferença ou dificuldade podem existir motivos mais complexos associados, ou não. Parece uma linha de montagem “ai fizeste 2 anos, então amanhã já não entras de fralda”. Estou a ser irónica, claro, mas é que me parece mesmo um absurdo.
    Há que balizar. Há que conhecer os marcos de desenvolvimento. Há que orientar. Há que desafiar. Há que fazer com que as crianças superem o que já conseguem fazer, levando-os para áreas de desconforto. Mas com respeito. Eu que só deixei a fralda aos 4 anos, de certeza que não seria admitida nessa creche.
    Mas isto é apenas a minha posição perante a imposição destas duas regras. Não conheço a escola nem sei qual é o seu método de ensino, mas discordo tanto com isto.
    Margarida

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    1. Não podia deixar de concordar a 100% com a Margarida, cada criança tem o seu ritmo e este tipo de imposições/proibições escaladas por idades etc. dão cabo dos meus nervos!!! Restringir sestas, fraldas, chupetas a todos só porque tem x idade é uma de uma violência tremenda. As crianças não são robots, não são padrões uniformizados, são seres humanos pequeninos com necessidades diferentes para cada um. Beijinhos

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  8. Eu sei bem o que isso é Ana, cá em casa a M. está completamente viciada na chucha e já está a falar "sopinha de massa" porcausa da chucha, acho que também está na altura de lhe a tirar, mas ela precisa tanto da chucha para dormir à noite... vai ser complicado :)

    Beijinhos

    ps: as peças que escolheu são muito giras ;)
    http://blogdababym.blogspot.pt/

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  9. Eu concordo com a Ana, se estava a afectar o desenvolvimento da linguagem era altura de a tirar. Detesto ver miúdos grandes de chucha, é mesmo daquelas coisas que me faz confusão. Gostaria que o meu a usasse ate aos 2 anos no maximo. Ele está com um ano. Na creche anda todo o dia sem ela, só usa para dormir e em casa também tento que não ande com ela, para não se apegar demasiado.

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  10. Com o meu filho mais velho fo dramático e andámos mais de 2 anos para lhe tirar a chucha. Super precoce e independente em tudo desde muito pequeno, mas completamente viciado na chucha.Ele queria largar, cortava-a, deitava-a fora e depois passava as noites em claro sem saber o que se passava... Um dia aconteceu, mas foram dezenas de tentativas, um sofrimento imenso, um irmão pelo meio, noites em claro, pesadelos, sestas que não aconteciam e a súplica... Por favor... No dia em que foi para sempre, foi até hoje e é como se nunca a tivesse usado. Nós tínhamos um timming, ele outro... e foi preciso conciliar tudo... Conto tudo no meu blog para muitas mães e pais não desesperarem, não perderem a cabeça nem a paciência... não acharem que os filhos vão ficar com os dentes tortos ou vão para a faculdade de chucha. Se houvesse uma condicionante física talvez tivesse sido diferente, claro, mas esta é a nossa história. Vamos ver como vai correr com o pequeno. Para já, 21 meses e chucha... Será que devemos começar a pensar tirar?

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  11. Cada criança tem as suas carências, suas dependências e medos. Os padrões estereotipados não são bons para o desenvolvimento cognitivo das crianças, claro que aos 2 anos é a altura para o desmame da chupeta, mas se for um drama para a criança não insistam, falo por mim que em criança a minha mãe me obrigava a comer arroz de polvo e hoje não posso cheirar o dito arroz...A perfeição não existe, as coisas tem de acontecer no seu tempo e eu que adoro ver uma criança de chucha...é lindo...é pena alguns pais exigirem um crescimento precoce. Deixe a Conchinha ser bebé. .antes a chucha ao dedo

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