quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Afinal eu é que preciso urgentemente de ajuda para mudar

Quando chega aquele momento que olhamos para a nossa filha a reclamar, a gesticular, a usar vocabulário que percebemos ser o nosso, numa daquelas cenas horrorosas que tem feito ultimamente dia sim, dia sim e concluímos que afinal não é ela que precisa de ajuda mas sim nós, neste caso, eu, porque ela o que está a fazer é nada mais nada menos do que copiar o que vê a mim fazer e isso deixou-me tão, mas tão envergonhada. Hoje finalmente percebi que afinal a Conchinha quando está a refilar, a levantar a mão para bater, a falar alto, a usar algumas palavras feias, a falar com as mãos, está a fazer o que tantas vezes vê a mãe fazer. Eu falo alto e se tenho de ralhar ainda falo dois tons acima, eu tenho a mania de esticar o dedo quando quero chamar-lhes a atenção, eu também digo asneiras (principalmente no transito ou quando me passo por alguma razão com o H,) e elas muitas vezes estão especadas a olhar para mim incrédulas com o vocabulário que digo sempre para não usarem e sim, dou açoites no rabo o que faz com que pelos vistos  ela ache que também pode levantar a mão e bater. Eu hoje vi-me ao espelho e tive horror do que estou a passar e a ensinar às minhas filhas. Ela estava a imitar-me na perfeição. Afinal eu é que preciso urgentemente de ajuda para mudar, eu é que preciso urgentemente de dar mais calma à minha família, eu é que tenho rapidamente de saber falar mais baixo e eu é que tenho o mais depressa possível de perceber qual a melhor forma de as fazer entender o que não gosto que façam e o que está errado, mas não mais aos gritos histérica pela casa. Meu Deus, afinal eu estou a ser um péssimo exemplo para elas e uma mãe que não está a fazer nada bem o seu papel.
Não é amanhã, é já hoje, eu vou pedir ajuda e vou mudar pelo bem da Concha e do resto da minha família que ainda poderão ter orgulho e  poderão ser iguais à mãe, sem ser por coisas más mas por tantas coisas boas que ainda tenho para lhes ensinar.

Eu tenho de ser um bom exemplo para elas seguirem e neste momento não estou a ser.


...não existe amor maior que o amor de mãe e só por isso eu sei que vou conseguir mudar. Primeiro que tudo na vida estará sempre o bem estar das minha filhas e neste momento eu não lhes estou a transmitir e a dar nenhum bem estar, prova disso têm sido os constantes maus comportamentos principalmente da Concha.




63 comentários:

  1. Parabens pela humildade! Concordo a 100%.... Comecarei ja a tentar ser aquilo q desejo q o meu V seja....
    Beijinho grande para as 4 :) e obrigada pela inspiracao....
    B (amiga da JM)

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  2. Parabéns Ana por ter dado esse testemunho, e digo lhe que eu também como mãe que sou de dois tenho dias em que me descontrolo e brigo imenso mas tenho a noção de que estou mal e que a dar um péssimo exemplo.
    Penso que não somos as únicas, mas felizmente ao termos noção disso já é meio caminho andado. Agora preciso respirar fundo e acalmar me nas situações mais complicadas embora hoje em dia com o stress diário seja mesmo muito complicado.
    Beijinho

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  3. Obgda tb! Julgo q tb estamos a passar pelo mmo cá em casa :-(

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  4. Fantastico. Poucas maes teem coragem de assumjr isto. Sinto o mesmo e revejo me tbm na vontade de mudar. Força para nós!

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  5. Força Ana, sinto exactamente o mesmo

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  6. Ana,

    Experimentei o desafio Berra-me baixo" e ADOREI!!!! Primeiro é importante reconhecer oque nos tira do sério, tomar consciência, depois reconhecer estes momentos e tentar reagir de forma diferente. Custa e nem sempre conseguimos... mas por vezes agora já são os meus filhos a dizer que estou muito nervosa e não peciso gritar com eles. Temos muito mais dias de calma, expludo menos vezes, valeu mesmo a pena!

    Vai tudo correr bem, já reconheceu o que está mal agora tudo pode melhorar.

    Continue a inspirar-nos, mesmo partilhando os dias menos bons, afinal também fazem parte da vida!

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  7. Parabéns pela coragem de partilhar isso, não é uma coisa fácil de assumir, quer em privado quanto mais num blogue que acarreta alguma exposição.
    Mas a Ana tem 3 filhas e, pelo que conta, só uma delas é que está a comportar-se assim de forma mais óbvia por isso, embora eu ache que é óptimo que tente mudar e criar um ambiente mais calmo para a vossa família, poderá haver algo na personalidade da Concha que6e ajude a que ela se comporte assim.
    Boa sorte e tudo de bom!

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  8. Ana, parabéns pela força. Eu Acho que teria vergonha em admitir. Todas nos temos dias assim. Eu por vezes ando tao stressada com tanto trabalho e falta de tempo, que faço birras enormes, sou bruta com as coisas e já vi a minha filha fazer semelhante. Foi aí que ganhei noção e tenho conseguido mantar mais calma... Por aqui não há grandes burras, há sim uma menina muito carente mas também muito forte e decidida... Ainda é filha única e a vida ainda é toda em função dela... És uma grande mulher, reconhecer os nossos erros é sinal de inteligência. Força para ultrapassares esta fase que eu compreendo tao bem! Beijinho grande

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  9. Se eu pudesse, tinha agarrado na filhota e ia para tua casa, deitava as 4 meninas e ficava atenta a elas toda a noite, para teres um fim de tarde e noite tranquilos... Nao há nada melhor que passar um bocadinho sozinha para relaxar e acalmar, ou chorar um bocadinho se for preciso. Grande beijinho.

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  10. Experimente ler um livro que há na Amazon, que se chama Screamfree parenting. É inspirador.

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    1. Sou outra Ana, mas agradeço imenso a dica. Já comprei ;)

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  11. Obrigada pelo testemunho....é um abrir de olhos...também tenho um bebe pequenino e às vezes digo que "não sei onde ele aprendeu isso" ou "como é que é isto descambou?" e basta pensar um pouco...ele não convive assim com tantas pessoas :) Beijinhos e boa sorte, tudo vai correr bem e eles vão crescer lindos e fofinhos, como nós queremos :)

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  12. been there and still do that :) é impressionante quando olhamos para aquelas criaturinhas serem um espelho de nós que reflecte um lado do qual nao nos orgulhamos nada ... mas cm ja alguem comentou, os textos da mum's the boss ajudam imenso , pelo menos a mim!

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  13. Força! Os nossos filhos são muitas vezes o nosso espelho. É bom reconhecer os nossos erros... Mas agora pare um momento elembre-se também de todas as coisas maravilhosas que as suas 3 filhas são e fazem... Quantas delas são também espelho daquilo que é? Reconheça-se também nas coisas boas, Ana!

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  14. Obrigado por tanta sinceridade. ...poucas mães o admitem em público. ...mas é bom porque assim percebemos que não somos um caso isolado ..aqui em casa passa se o mesmo mas com uma filha única. ...tambem falo alto e ela está igual....vamos todas tentar fazer o mesmo para nosso bem e dos nossos filhos....obrigado mais uma vez.

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  15. Os meus dias ultimamente têm sido assim... E, apesar de não o desejar a ninguém, por um lado, fico "contente" em saber que não sou a única. Sinto que, desde que fui mãe pela 2.ª vez há 6 meses, que me tornei numa histérica que perde o controle por coisas banais. Adoraria mudar, por mim, pelos meus filhos, pelo meu marido. Mas <ás vezes isso parece impossível de acontecer. Pode ser que agora, sabendo que não sou a única, isso me ajude a mudar. Obrigada!

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  16. Mulher de coragem em admitires isso, não é para todas, parabéns.
    Eu própria já cheguei esss conclusão, que temos de nós dar o exemplo porque eles são uma cópia das nossas atitudes, das nossas birras.
    Desde uns meses que temos feito um esforço de manter a calma e não é que já temos resultados muito positivos. Uma criança muito mais calma e meiga.
    Beijinhos

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  17. Sim porque as pessoas dos blogs e todas as famílias tem lugares comuns 😊
    Não é fácil para ninguém especialmente quando estamos 24/ dia com 3 criança s em casa.
    E sim todos os casais brigam e cada vez mais.
    Mas e de louvar que admita. Porque eu também admito que me passo engenho mau feitio.
    Mas ter mudado de cidade e estar em casa desempregada há 3 anos ainda com filhos pequenos. Não é para meninas!!!
    Não está só nessa luta.
    Beijos familia

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  18. Parabéns pela sinceridade. A capacidade de olhar para nós e analisar o nosso comportamento é o primeiro passo e o mais importante. Esse já está dado! Vai conseguir. Eu também praguejo no trânsito, também por vezes digo asneiras... Mas tb sei que posso mudar. Vamos tentar pelos nossos filhos, para que tenham infâncias cheias de boas recordações. Boa sorte.

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  19. Todos os dias há um novo começo... : ) Abraço e um dia com muito sol!!!

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  20. Meus Deus!! mesmo a calhar.......estou cansada! Cansada de berrar, de stressar, de ralhar....!!! e Qd os vejo a discutir, a falarem aos berros um com o outro por nada ....realizei que isso é o reflexo do que estou a fazer com eles. È péssimo, sinto-me triste! não é isso que eu quero que eles sejam... e lá está, tem de começar por mim!!! sinto que também preciso de ajuda!!!!Claro que as idades deles tb têm as suas alturas criticas mas preciso de me acalmar, de relativizar o que é menos importante, para de facto, dar importância ao que é verdadeiramente importante....
    Um beijinho e força nessa mudança...... vá dando dicas que ache que estejam a resultar

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  21. Quando percebemos que estamos a errar já é um grande passo para melhorarmos em todos os aspectos menos bons.
    A vida de mãe a tempo inteiro não é fácil, exige muito mais que alguns trabalhos e nem sempre conseguimos ter uma serenidade absoluta. Temos é de perceber o que estamos a fazer mal e corrigir. Força Ana. Bj

    amaeursa.blogspot.com

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  22. Como me identifico...o seu texto poderia perfeitamente ter sido escrito por mim....só altera o facto de eu ter 2 rapazes....acho que o primeiro passo é mesmo reconhecer que precisamos de mudar, o que não é fácil! Força para todos os pais:)

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  23. Não concordo nada com o desabafo, a Ana quanto muito precisa de aperfeiçoar e não mudar. Tomara eu ter paciência, motivação e criatividade para tantas e tantas surpresas super giras que prepara para a sua família. Ainda bem que a Concha a imita, significa que passa muito tempo com ela, conheço muitas crianças que imitam as empregadas, avós e tias, pois as mães não têm tempo para elas ( outras prioridades).
    Não acredito que a Ana seja histérica e diga tantas asneiras como diz, provavelmente até são esporádicos esse episódios mas como viu uma mini (neste caso a Concha) ter esse comportamento, perfeitamente aceitável num adulto, assustou-se e muito.
    Tenho a certeza que a sua família já tem muito orgulho em si e não precisa de mudar só aperfeiçoar.

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    1. Bem haja anónimo pelo seu testemunho. Sou profissional liberal e mãe de 2 crianças. Penso e actuo tantas vezes como a Ana...tenho dias que parece que a cabeça explode! Sou activa, franca, mimalha e muito MÃE.
      Obrigada por me sossegar o coração. Um abraço

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    2. bem, é verdade que todas as mãe têm vidas e dias cheios e complicados, e adorei ver a sua solidariedade.. mas não posso deixar de comentar uma coisa.. não é nada aceitável um adulto andar aos berros, dizer asneiras e bater. isso é sinal de que esse adulto está stressado, irritado, descontrolado. eu tenho um filho de 13 meses, que até acho que é bastante dócil, e também me sinto às vezes tão frustrada que a minha mente parte para coisas como: um açoite nesse rabo e passava-te a birra! mas não passa da minha mente (não passou até ao momento, nunca digo nunca e um dia poderei cometer esse erro), porque sei que isso não vai resolver nada. faço um grande esforço por ser um exemplo, não só por ele mas também por mim. mesmo que não tivesse um filho não queria ser uma pessoa a correr feita barata tonta, stressada, irritada, aos gritos e intolerante. acho que isso não é saudável nem me sinto feliz quando tenho dias assim. temos que ser melhores, não só por eles, mas também (E MUITO) por nós! para estarmos tranquilas, podermos apreciar as coisas boas, usufruirmos da vida a sério. ando a aprender muito com a parentalidade consciente, parentalidade com apego, mindfulness, etc. ficam as dicas ;)

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  24. Acho que isso é pensamento de uma mãe que passa demasiado tempo com as filhas. Sem querer lhe ofender creio que devia arranjar um emprego ou um part time para além do blog e das filhas.

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  25. Não ofende nada!! Trabalho de 9.00h ás 18.00h o que significa deixar a minha filha na escola ás 8.15h e vou busca-la ás 18.45h, tenho pena de não estar mais tempo com eles (tenho 2 enteados pequenos) mas a vida não me permite estar disponível tanto como gostaria pois tenho de trabalhar.

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  26. Calma!!! Já deu um grande passo em tomar essa consciência, observando-se de fora de si mesma e já fez o mais difícil, reconhecê-lo! Mas não deve achar por isso que está a ser má mãe, está a ser a melhor mãe que consegue em cada momento... talvez precise de tempo para si, só eu, não? Eu procurei coaching parental e cheguei à conclusão que precisava de uma coach para mim mesma, para reencontrar o meu eu. E tudo voltou à normalidade! Respire fundo :) P.S. É uma excelente Mãe, nunca duvide disso! E uma inspiração para muitas outras Mães <3

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  27. Ó Ana...como eu me revejo...comigo acontece exactamente o mesmo...tenho um menino de 7 e uma menina de 10 e também eles discutem um com o outro e usam as mesmas palavras e gestos que eu uso com eles...e passo a vida a berrar...não era assim que eu queria ser...Força...e se puder partilhe como vai fazer para mudar...vai ajudar muita gente com toda a certeza...eu sou uma delas. Beijinhos :)

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  28. o mesmo aqui. no outro dia apanhei a Constança a fazer o mesmo e até pensei em escrever sobre isso... deu-me mesmo que pensar!

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  29. Depois diga-nos o que conseguiu e como, por favor. Por aqui, os dias estão longe de ser perfeitos... Obrigada.

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  30. Dizes palavrões ao marido na frente das crianças? Pela tua ordem de ideias vê lá no que a tua mãe errou. Isso lá em casa devia ser bonito, cresceste nas barracas, foi?

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    1. Digo...não que fique feliz por isso mas sim várias vezes, já o ter morado nas barracas é mesmo comentário ridiculo...provavelmente nas barracas há pessoas mais bem educadas e com muito mais bom senso do que a pessoa que escreve este comentário.

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    2. RIDICULO SR ANÓNIMO!!! VA COZER MEIAS!

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    3. Comentário bastante infeliz Sr. Anónimo; tiro o chapéu à Ana pela coragem do seu desabafo e confissão emocionadas. Mantenha-se assim Ana, vertical e franca. Um abraço solidário de mãe

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    4. A minha família é do Norte, para mim dizer palavrões não é minimamente chocante.
      Há muitas coisas que me chocam na parentalidade mas uma mãe dizer asneiras no transito garantidamente que não é uma delas.

      Não acredito que haja alguma mãe equilibrada, normal e que não seja mentirosa, não tenha sentido a dada altura a mesma coisa, que não tenha sentido que exagerou ou que devia ter mais paciência.
      Faz parte :) aposto que eles não nos trocavam por mais mãe nenhuma

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  31. Obrigada a Todos pelos comentários e pela força :)

    Bjs

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  32. Olá

    Pesquise sobre Parentalidade Consciente. Não fazer aos filhos aquilo que não faríamos a um adulto. ex. a palmada.

    Se bater no seu marido/mulher é violencia domestica, se uma criança bater noutra é bullying, se um pai/mãe bater no filho é educação!!!
    A mama mia pode ajudar, leia o blog
    http://www.mindfulnesseparentalidade.com/

    https://www.facebook.com/mamamiaparentalidade?fref=ts
    https://www.facebook.com/groups/201108680039691/?fref=ts

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  33. Olá

    Pesquise sobre Parentalidade Consciente. Não fazer aos filhos aquilo que não faríamos a um adulto. ex. a palmada.

    Se bater no seu marido/mulher é violencia domestica, se uma criança bater noutra é bullying, se um pai/mãe bater no filho é educação!!!
    A mama mia pode ajudar, leia o blog
    http://www.mindfulnesseparentalidade.com/

    https://www.facebook.com/mamamiaparentalidade?fref=ts
    https://www.facebook.com/groups/201108680039691/?fref=ts

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  34. É incrível como os nossos filhos conseguem ser o nosso melhor espelho...
    Estou mais ou menos numa situação parecida... Agora falta darmos a volta!
    Beijinhos e força!

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  35. Ana, siga um conselho de alguém que gosta do blog, seja um pouco mais "polida" nos seus posts. Este testemunho não tinha de ser tão detalhado. As pessoas procuram sempre nas suas palavras algo para a atacarem, podia dizer exatamente o que disse mas sem dizer que diz asneiras ao seu marido. Isso são coisas suas, não têm de ser partilhadas com o mundo! É apenas uma sugestão...

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  36. Eu agradeço-lhe a sinceridade, pois esta parte escondemos por vergonha, até aos amigos mais íntimos. Mas é muito natural, e a prova está na quantidade de comentários libertadores (anónimos, porque felizmente a Ana permite isso).
    A minha filha é aparentemente perfeita, é muito querida, porta-se bem, é boa aluna, só ouço elogios. Eu até sou uma mãe calma e paciente, dou-lhe tudo e brinco imenso. Mas lembro-me bem dos meus ataques de histeria, de gritos de cansaço a um bebé, de palmadas no rabo....e de ela não só me levantar a mão, como bater-me mesmo! Curiosamente, nunca pensei como a Ana, que a culpa poderia ser minha, mas apenas excesso de mimo de uma criança habituada a ter tudo.
    Enfim, foi uma fase curta que passou. Eu aprendi a relativizar, a ser dura de uma forma calma quando tem de ser (levar um 'castigo' até ao fim sem cedências). Passou mesmo, foi uma chamada de atenção para ambas. Todos temos momentos em que não nos sentimos tão bem...ou como mulheres, ou como profissionais, ou como namoradas, ou como mães...e isso reflecte-se em tudo à volta. Cuide de si, arranje tempo sozinha, namore, durma bem, coma bem, e o resto (bom humor e o bright side que todos temos) virá ao de cima e reflectir-se-á nas filhas.

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  37. então quem nunca gritou com os filhos e perdeu a paciência que atire a primeira pedra!!!! a Vida não é fácil e as nossas crianças conseguem ser uns verdadeiros diabretes de tão teimosas que são!!!!! Acho que nós mães gritamos, damos palpadas, mas é em nós que isto mais afecta, pois ficamos com o nosso coração a dorer e super arrependias.

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  38. Não concordo com grande parte do que escreve! Nós quando somos Pais podemos (e devemos!) dizer "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço". Quero com isto dizer que se berramos alto é porque estamos zangados e isso é importante porque é sinal que nos preocupamos com o que os nossos filhos fazem e queremos corrigi-los. Às vezes gritamos, é verdade, mas é porque eles abusam e nos tiram do sério e aí o tom eleva-se.
    Eu estou a sempre a repetir à minha filha (quando ela diz que falo alto quando me zango): se te portares bem, não ouves a mãe a berrar! Até agora ainda vence a teimosia, mas espero que com o tempo vença a nossa superioridade e autoridade de Pais para que no futuro sejam seres educadinhos... :)
    Só não concordo mesmo é com a parte em que fala das "asneiras com o marido à frente delas". Isso nunca na frente dos miúdos! É meio caminho andado para usarem a mesma linguagem! Se não consegue mesmo conter-se nas palavras, sugiro que o diga noutra língua que elas não entendam! ;)

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  39. veja o site "mum is the boss"... a Magda é top!

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  40. :) ... e eu que me sentia tão «só»! ...
    O JB e a Concha entender se iam de certeza :D

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  41. Sofro a mesma angústia...e quando dou por mim, só sinto vergonha. E se há momentos em que ´me orgulho da minha calma (porque é coisa preciosa e escassa na minha pessoa) outros há em que me sinto um caso perdido, e penso: "vais sempre voltar ao mesmo". É triste, muito triste! Queria mudar, mas mudar para sempre...mas é muito difícil.

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  42. Acho muito importante essa consciencialização. E a vontade de mudar.
    Mas acredito que os filhos também devem ver os pais a descontrolar-se (controladamente...), tristes, zangados, etc.. Mostrar-lhes o lado humano. É importante que eles vejam que há alturas em que podem sentir-se assim também.
    Se não, um dia em que se sintam, sentir-se-ão diminuídos em relação aos pais, que pouco ou nada falhavam, que nunca se zangavam como eles. Perguntar-se-ão porque não conseguirão ser tão bons como os pais.

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  43. A Magda é top sim! E siga também o blogue e o canal do Yutube do Tiago https://www.youtube.com/channel/UC_nsjAbH0GlhCSDafFxIgVw, comece a ler mais sobre disciplina positiva, vai ficar surpreendida com o que ela fará a si e aos seus.

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  44. Olá Ana!
    Acho que só a tinha visitado duas ou três vezes; mas este post apareceu patrocinado na minha wall e chamou-me a atenção. Desde o início do Verão este ano, passei exactamente pelo mesmo. Um enteado pré-adolescente que parece não valorizar absolutamente nenhum dos valores que lhe tentamos transmitir em nossa casa e um bebé com 2 anos a precisar de conhecer e afirmar a sua personalidade - se lhe juntarmos um companheiro adorável mas incapaz de ajudar, organizar ou sequer agilizar tarefas em casa - foram a receita para o desastre. Sinto que passei o Verão a gritar. E quanto mais gritava, mais me enfurecia e pior eles faziam, porque se limitavam a desligar para não me ouvir. Garanto que, se a minha família não se desmoronou este Verão, foi porque houve uma tremenda força de vontade da nossa parte de não deixar isso acontecer. O meu filho pequeno começou a bater violentamente em si próprio sempre que eu ralhava com ele. Estalos, palmadas, na cara e na cabeça - e eu aflita, sem perceber porquê. Até que, a propósito de um artigo sobre os abusos na escola do Norte que tanto foram notícia, li que um dos pais reparou que o filho (da mesma idade do meu) começou a fazer a mesma coisa porque as educadoras na escola o faziam.
    Claro que tentei perceber se haveria alguma situação na qual o meu filho pudesse andar a sentir-se acossado (não está na escolinha ainda) e, com horror absoluto, percebi que era eu. Era eu, com o meu comportamento crescentemente errado e errático e continuamente zangado que lhe estava a transmitir tanta tensão que a única forma que ele tinha de a expressar era bater em si mesmo. As discussões, os resmungos e reparos, e, acima de tudo, os gritos, faziam isso.
    Eu, que cresci a odiar profundamente ouvir a minha mãe gritar e a sua falta de razoabilidade, estava a fazer a mesma coisa. E foi uma luz. Não um remédio, porque é extraordinariamente difícil parar comportamentos que parecem estar formatados, mas tenho conseguido. O bebé já não faz isso desde que me limitei a baixar o tom de voz. Distraio-o, não lhe faço as vontades, às vezes chora à mesma, mas tento nunca levantar a voz e reconhecer sempre em voz alta a situação: "A mãe está muito zangada porque..." ou "Percebo que estás contrariado porque querias ir já para o parque..." e falar, continuamente e em voz calma, ajuda tanto. Não conhecia nada do movimento screamfree parenting nem de mindfull parenting, mas vou mesmo ler mais sobre o assunto, até porque percebi que resulta.
    Muito boa sorte para si e para as suas filhas, vai ver que a consciencialização do erro é mesmo o primeiro passo para o corrigir. E quanto às poucas anónimas (felizmente) que dizem que estas preocupações são falta de ocupação ou que gritar é de gente das barracas, as vossas vidas não são perfeitas; vocês não são perfeitas e, acima de tudo, tentar corrigir algo nunca é sinal de inteligência inferior, bem pelo contrário. Os insultos de quem se acha infalível são o sinal de se estar no bom caminho.

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    1. Bem no meu caso uma situação parecida mas tambem a melhorar. Engraçado sem ter graça é que estes comportamentes nunca se verificam nos Pais, porque não têm metade do stress e do excesso de trabalho que nós maes temos.

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  45. Quero lamentar o único comentário negatico ,ou crítica, que aqui li, estava mesmo a ficar atónita por serem só comentários positivos mas isso quer dizer que só uma pessoa teve inveja da sua vida "a berrar com as miudas, com o marido!!". Já é uma vitória!
    E quero dar-lhe os parabéns por se revelar na integra.
    Bravo!
    Confessou fazer o que todas as pessoas fazem.
    Se lhe dizem para conter-se um bocadinho é porque lhe querem bem, nunca gostamos de saber que um casal discute, mas a verdade é que... se discute muito quando se vive casado!
    Se calhar deviamos aceitar as fases boas tão bem como as más, ou os dias bons como os maus.
    Chega de sonhos perfeitos, venha de lá a realidade que também tem o seu quê de saboroso!
    Mesmo que custe muito aceitá-lo.
    Grata pela sua partilha :)

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  46. Leia apenas os comentários positivos. Quem tem a nobreza de escrever este texto, que é a 3 dimensões, pois foi o coração que o escreveu, não devia levar com comentários POBRES. De facto, só quem tem inteligência emocional é que poderá compreender o que aqui é escrito. Palavrões?! Conheço muito boa gente que não diz um e que é completamente pobre, vazio e tem handicaps na personalidade. O coração fala, berra e são as pessoas inconstantes as mais interessantes. Ignore. Casa que não é ralhada, não é governada. É amar de corpo e alma e todo o resto. Só quem se auto critica num processo de crescimento constante tem a nobreza de escrever o que escreveu! Parabéns! Crescer e emendar e repor é um processo diário de aprendizagem de ser Mãe, Mulher, Esposa, Profissional e todo o resto. Falar baixinho e de fora sempre igual também não é comigo. Eu falo e entrego-me em cada palavra. Se estou em silêncio, não sou eu. Estou em processo de defesa e de pura reserva. Somos diamantes em bruto, sempre a sermos esculpidas. Auto-esculpidas.

    Um beijinho

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  47. https://www.wook.pt/authors/detail/id/3356957
    um beijinho

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  48. Revejo-me nalgumas situações ( gritar e o dedo!!!), mas comecei a ler o livro "crianças felizes" de Magda Gomes Dias.
    Ainda o estou a ler,nem a meio vou, comecei a 20 de setembro e , por incrível que pareça, RESULTA!!!!
    Ainda me "passo" umas quantas vezes, porque não sou perfeita, e é difícil mudarmos. É um processo que requer tempo.

    No meu caso, está ajudar-me MUITO.
    Um abraço , e as coisas vão melhorar.

    os conselhos não se dão eu sei...mas o livro pode dar jeito ( até parece PUB) :P
    Nota : Adoro ler o seu blog, e por curiosidade também sou uma mãe de 3 . ;D

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  49. A mim caiu-me a ficha, quando fiz pulseiras com as crianças dos escuteiros, onde escrevíamos aquilo que teríamos que melhorar na nossa personalidade e durante uma semana andar com a pulseira posta para não esquecer de cumprir! Ao falar com a minha filha que me acompanhava sobre o que poderia escrever na minha, ela responde: B Baixar o volume! Fiquei estupefacta! Como eles vêem os nossos defeitos e nós não. Pois é grito com eles e nem me apercebo! Desde então que me lembro da pulseira, que já nem existe de tanto gasta que ficou de a usar, mas a lembrança de não gritar ficou, embora às vezes seja mais forte e lá saí um grito mais forte!!!

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  50. olhe, confesso que não tenho moral para lhe sugerir o que quer que seja, uma vez que os únicos filhos que tenho miam e têm bigodes... não sei nesta vida o que é ser mãe mas como toda a gente, soube o que é ser filha. acredito que seja mais fácil explicar a uma criança "não deves fazer isto porque te pode acontecer aquilo" do que simplesmente dizer-lhe "não fazes porque eu não quero!"... é que quem apenas é filho, pensa que já tem querer, ou se calhar tem mesmo. pessoalmente preferia que me tivessem explicado porque não devia fazer certas coisas ao invés do "não fazes porque eu não quero". fica aqui a dica, na perspectiva de quem apenas foi filha, mas se lhe for de alguma utilidade, então já ajudei. quanto a exemplos, sim, os filhos ou têm desde cedo a percepção do "tu podes fazer e dizer porque és grande e eu não posso porque sou criança" ou então copiam os comportamentos e quando adultos vão ter comportamentos idênticos, sim... mas olhe, perceber isso já é meio caminho andado, e ter a coragem de o assumir. portanto saiba também perdoar-se, a calma que precisa também vem daí... ânimo e tudo de bom! :)

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  51. Cá em casa é igual. Que tipo de ajuda pediste ? Eu também preciso de ajuda mas não sei a quem recorrer..aceitam-se dicas por favor . Beijos e parabéns pelo post

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  52. Aconselho Psicoterapia. Todos a deveríamos fazer e traz-nos muita consciência do que fazemos e dizemos. Todos arranjamos justificações para não a fazer, dinheiro, tempo, etc. Se nos comprometer-mos connosco, as mudanças acontecem e só depois damos conta. Para melhor, é claro. Procurem amigos que vos aconselhem bons profissionais de psicologia e psiquiatras não, por favor, têm o hábito de receitar "coisas" que adormecem o pensamento...e a vida!

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