terça-feira, 12 de maio de 2015

Decisões difíceis ou evitáveis?

Ontem foi dia de reunir com a professora da Carlota, uma última conversa, pois para o ano a que foi sua professora durante 3 anos, vai deixar de ser e esta foi uma espécie de despedida. Passou a infantil e vai começar uma nova etapa, vai para o primeiro ano (para mim ainda continuo a dizer, primeira classe) e este foi o momento escolhido para nos dizer como está nas aulas, como se tem portado, o seu nível de aprendizagem e conhecimentos adquiridos. Foi também ontem que me foi dito e explicado que esta era a altura que nos seria transmitido, caso ela tivesse nascido nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro, se estaria apta e em condições para acompanhar os amigos da sala. Ou seja, nem todos os meninos passam de ano pois para as professoras alguns não conseguem acompanhar e são mais infantis que o resto da turma. Apesar de não ser o caso da C. grande,  não pude deixar de pensar na Conchinha que é do mês de Dezembro (se bem que esta minha filha do meio tem tudo menos ser bebe e é o despachanço em miniatura). Também me lembrei das filhas de uns amigos que são da mesma idade e agora, no final, do ano, lhes foi dito que achavam melhor ficarem mais um ano na sala dos 5 anos. Apesar de não ser nada contra os meninos que não passam de ano, fico um bocadinho pensativa em relação a esta forma de fazerem as coisas. Se acham que certas crianças são um pouco infantis em algumas coisas, porque não falar com os pais mais cedo a ver se ainda se consegue mudar essa situação? Tenho a certeza, agora que sei desta forma de avaliação, que vou estar mais atenta à Conchinha para que não tenha de  ficar para trás e ver os amigos da sala mudarem e ela ter de ficar com meninos mais pequeninos. Mais uma vez, digo, se me explicarem na altura que essa é a melhor solução irei concerteza aceitar e fazer o que me dizem, mas também não entendo porque não dar o benefício da dúvida e tentar fazer que no ano seguinte, com um pouco mais de trabalho quer da parte dos novos professores, quer dos pais e aluno em questão, se tente ver se conseguem ou não acompanhar os amigos nas aulas. Tenho a certeza que pais alertados irão fazer o seu trabalho de casa e irão estar mais atentos para certas coisas que até então pudessem fazer para que o seu filho fosse considerado mais infantil e menos apto, mesmo não sendo por mal. Como todos sabemos a educação e a forma de estar em casa é diferente por muitas razões, uma delas e a principal a meu ver para que isso muitas vezes aconteça é quando somos pais de primeira e protegemos demais sem nos apercebermos que por vezes em vez de ajudar isso só está a prejudicar.
Fora este à parte que na altura certa e quando for a vez da C. pequenina me irei preocupar, a C. grande foi muito elogiada e de tudo o que deveria ter aprendido o que mais tem de trabalhar é a parte do desenho (cá entre nós já tinha reparado que nessa parte, de Picasso não tem nada e tenta sempre despachar as pinturas e os desenhos que tem para fazer). Como costumo dizer, não tem de ser boa em tudo e pelo que a professora disse dela, fiquei, aliás ficámos, todos, muito orgulhosos desta miúda. Até a parte da vergonha ela tem melhorado a olhos vistos o que me deixa tão contente.

Agora, que brinque e aproveite as férias grandes que estão quase a chegar, porque para o ano vamos ter uma menina crescida cheia de trabalhos e coisas mais sérias que vai ter de aprender.




Brincadeiras com as manas ao final do dia depois do banho, vao ser muito mais reduzidas a partir de Setembro, quando já estiver na primeira classe





ps - Um pijama que achei girissimo da Zara Home para todas. Pormenores que me convenceram...

Cor, modelo e a camisola que parece uma túnica bordada...o máximo.






45 comentários:

  1. Para mim nenhuma criança deveria entrar na escola com 5 anos. Só são crianças uma vez, que mal faz estarem mais um ano a brincar? E parecendo que não existe uma grande diferença na maturidade. Não compreendo essa mania dos pais quererem logo os filhos no primeiro ano com 5 anos. Há tempo para tudo, deixem as crianças serem crianças e não as obriguem aos 5 anos a estarem horas fechados numa sala sentados direitinhos.

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    1. Não se trata de querer ou não querer, e só têm 5 anos um mês, 2 ou 3 meses no máximo em relação a outros, é apenas a razão e o timing que guardam para dizer, pelo menos no meu caso é isso que quis referir, para não falar no facto de separá-los da maior parte dos amigos que estão habituados e gostam. Mas como disse não acho mal não passarem de ano, se realmente é isso que as professoras acham melhor para a criança.

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    2. Eu, que já sou adulta, não consigo pensar assim. Porque quando era criança recordo bem os meus sentimentos e tenho a certeza que se me tivessem feito tal coisa me teria marcado todos os anos escolares. Tinha comigo colegas de 5 anos e tive uma prima que entrou também com 5 e invejava-os de serem mais novos e já estarem ali. Sempre que fui mudando de turmas (5º ano, 10º ano), continuava este sentimento, o mesmo que tinha por meninos a quem não tinham deixado entrar ou que tinham retido na primeira classe. Por exemplo, tenho uma amiga que foi retida na primeira classe porque achavam que era infantil. Ficou sempre com as pessoas de 1989 mesmo sendo de 1988 e aquilo mexeu com ela toda a vida. O mais incrível é que foi sempre a melhor aluna, acabou o 12º com 19 e foi a melhor licenciada no curso dela de Ciências o que lhe deu entrada direta para Medicina, segundo curso que está a frequentar, é brilhante desde os 7 anos. Reter crianças com 5,6,7 anos não será uma decisão um pouco precoce? Na minha primária, de uma aldeia, optava-se por manter os meninos até ao 4º ano e, chegado ao 4º, se necessário, então reter, mas não antes disso. Do mesmo modo, passar meninos da 1º para o 3º classe diretamente (como tenho alguns colegas) porque eram muito despachados, também é precoce, pois a partir do 4º-5º anos foram sempre alunos de Satisfaz e Satisfaz Pouco. Lembra-mo-nos sempre que são crianças e querem brincar, mas nem todas as crianças são iguais. O tipo de criança que fui, ter-me-ia prejudicado e marcado se eventualmente me tivessem feito algo assim, como fizeram à minha colega.

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    3. A sua amiga foi uma aluna brilhante precisamente porque houve alguém com bom senso que achou que a maturidade emocional não acompanhava a maturidade cognitiva.
      Só neste país de tontos é que se acha que ir para a escola cedo é que está correto e que todos as crianças serão uns geniozinhos... Nada mais errado! Está provado que serão melhores alunos e futuros líderes as crianças que tenham inteligência emocional adequada à idade. Não é por acaso que os pais do norte da Europa e da América do Norte colocam os filhos cada vez mais tarde na escola.

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    4. Ok, se não a tivessem retido teria hoje apenas o 9º ano e feito por favor e seria intelectualmente muito limitada. As pessoas nascem com mais ou menos capacidades, não me parece que uma decisão de 12 meses vá tornar alguém muito mais capaz ou inteligente ou muito menos, acho é que a avaliação da "inteligência emocional" não é algo medível e como tal estão a reter-se crianças que são é tímidas, contidas e a avançar outras que parecem o que ainda não são. Parece-me precoce tão cedo estar a condicionar um ano inteiro, com base em algo que experimentando se calhar a criança até se adaptaria muito bem. E depois depende da pessoa, se há pessoas a quem não faz qualquer diferença o estar numa turma sempre com meninos mais novos, a outras, como a mim ou à minha colega, marcaria para sempre. Por fim, o argumento de país de tontos e que "só em Portugal é que isto e aquilo", há tontos em todo o lado, por exemplo, num dos países que citou há imensos.

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  2. O meu filho é de Outubro e também não faço questão nenhuma que entre com 5 anos. Acho óptimo que brinquem mais tempo na pré e que entrem sem pressão nem "treinos" nem preocupações excessivas dos pais.

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  3. Não costumo comentar... mas efectivamente sinto que posso dar um contributo num assunto que conheço tão bem... A minha filha mais velha é de 31/12.
    Na altura de entrar para a escola pensei assim... não foi indicada para ficar mais um ano na pré, tinha todas as competências... tinha menos idade e a maturidade própria a "menos idade".
    Passou anos a debater-se com essa fragilidade, e eu anos a perceber que se estivesse no ano anterior estaria melhor, com mais possibilidades de liderar... Quase um ano de diferença de algumas amigas em algumas fases, não é pouca coisa!
    Hoje tem 19 e já está no segundo ano da universidade... e se estivesse no primeiro? Não faria diferença nenhuma! Mas teria feito... nos 12 anos de escolaridade que antecederam esta etapa.
    Hoje teria feito diferente... hoje só entraria com 6. Depois de ver é mais fácil... mas não adivinhamos.
    Sabia que existe uma tendência em alguns países, como os EUA em atrasar a entrada das crianças para a escola? Muitos pais optam por colocar os filhos com 7, para que tenham mais maturidade é mais facilidade em gerir as suas relações e implementar comportamentos de liderança...
    Não digo que exista uma escolha certa... mas não há erradas... cada uma tem as suas consequências.

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    1. Concordo plenamente a minha filha anda na escola alemã e eles são apologistas de atrasar a entrada das crianças (muitas entram com 7 anos) para entrarem com maior maturidade e eu concordo plenamente! Entrei com 5 anos para a primeira classe sem estar preparada, era uma criança e as crianças tem de brincar antes de mais

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    2. Acabei de escrever um comentário acima muito parecido à sua apreciação. Não podia estar mais de acordo.

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    3. No cantão Suiço onde vivo, entram em Agosto na primária as crianças que fazem 6 anos até 31 de Maio do mesmo ano. Os meus filhos andam numa escola internacional e a data é 31 de Agosto e não há decisões, apenas a regra.
      O meu filho nasceu no fim de Setembro, por isso, vai fazer 7 anos um mês depois de começar a primária. Não estou minimamente preocupada, antes pelo contrário, até agora só vejo vantagens em tê-lo com maior maturidade ao longo do seu percurso escolar.

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  4. Ah... e a separação dos amigos é mais difícil para os pais, na verdade, que para a criança ;)

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  5. Olá Ana. Eu sou de dezembro, tenho 20 anos, entrei para a escola com 5. Durante a infância não se nota, notei mais do 7o ao 9o ano, em que os outros meninos tinham mais maturidade que eu. No entanto, em termos de notas e de aprendizagem, nunca tive problemas. O importante aqui é ter bons professores que preparem bem os meninos na pré!

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  6. Ana isso acontece porque elas andam numa escola privada onde conseguem garantir vagas para a primeira classe para todas as crianças que as educadoras consideram preparadas...
    Nas publicar não é bem assim, o meu sobrinho andou num jardim de infância privado ate aos 5 anos (quase 6, fazia em Novembro) e quando a minha imã o foi inscrever numa primaria publica ele ficou sujeito a disponibilidade de vagas, pois a prioridade vai para as crianças a completar 6 anos até Setembro.
    O que aconteceu foi que ele, assim como tantos outros que estavam preparados não poderam entrar naquela por falta de vagas e noutras por ser fora da área de residência... e assim ficou mais um ano na pre escola, desta vez da própria primaria onde no ano seguinte entrou para a primeira classe já quase com 7 anos.

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    1. Exatamente, esta é a realidade da maior parte da populaçao!! Nao acho de todo errada. Os amigos Nao deixam de ser amigos se de facto o forem! É pior quando vao para o liceu, se dividem em areas diferentes! Mas tudo isso faz parte da vida!

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  7. Na pré-primária não se coloca questão de "passar de ano" ou não. Como a Ana coloca as coisas até parece que os condicionais "chumbam". É uma situação a avaliar caso a caso e não tem a ver com ser infantil ou não. Tem a ver com o "sobredesenvolvimento", que não é de todo desejado ou sequer benéfico. Existem evidências bastante significativas de que a melhor altura para a entrada no 1º ano deve ser já com os 6 anos enraizados (6 anos mentais e não cronológicos). A questão de deixar ou não os amiguinhos depende das turmas. O meu é de Novembro e apenas tem 1 colega do mesmo ano dele, os restantes são todos do ano seguinte, ou seja, se entrassem este ano no 1º ano, apenas seriam eles os 2 a sair... Os pais devem informar-se, devem tentar perceber em que etapa do desenvolvimento se encontram os miúdos (desenvolvimento emocional, não interessa muito se sabem todo o alfabeto em português e alemão) e, principalmente, ouvir a opinião da educadora.

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  8. Eu sou da opinião da Ana, na íntegra! Sou de outubro, entrei com 5 anos na escola, e nunca senti o "ser mais nova" nem em brincadeiras, nem em notas, nem em maturidade.
    Mas claro, cada caso é um caso, tenho uma filha de outubro, gostava que entrasse em outubro mas, caso me seja aconselhado que entre no ano seguinte, assim será

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  9. O meu pediatra (tenho 30 anos) quis mandar-me para a primária com 3 anos, porque dizia que eu era muito desenvolvida.. Os meus pais não quiseram. Colocaram-me na escola primária aos 5 anos, pois eu em casa (fui educada em casa, e foi óptimo, nunca houve problemas de socialização) só me sentava num banco do jardim a ler e pedia (insistia) para ir para a escola.

    Hoje, sou psicóloga e sinto que é uma monstruosidade colocarem as crianças antes dos 7 anos na escola (bem sei que o sistema educativo português não está concebido assim). Sei que os pais (por experiência) têm orgulho nos seus filhos quando entram mais cedo na escola. Alguns até pedem avaliações psicológicas para provar que têm um mini-Einstein em casa.

    Agora sou mãe e tudo farei para atrasar ao máximo a entrada da minha filha na escola. Sento-me a vê-la brincar e a ver a felicidade de uma criança que não é julgada por ninguém é tão bom!

    É óbvio que quando for a vez dela entrar na primária, também ficarei contente por ela ser boa aluna.

    Até lá...o trabalho dela é brincar!

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    1. Psicóloga também, mais não podia concordar! Não se trata de passar de ano, ou atrasar, trata-se de dar à criança aquilo a que todas deviam ter direito: brincar! brincar, aprender a brincar! Têm muito tempo para iniciar as aprendizagens mais sérias!

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    2. Tantos mini Einsteins por aí. O pior é que os pais incentivam a isso, depois surge o problema de lidar com as frustrações. Pois...

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    3. Posso pedir às participantes psicólogas ?
      O meu pequeno fará 6 anos em julho e gostava de pedir que entrasse apenas com 7 anos, pelos seguintes motivos:

      -atraso na linguagem
      -necessidade de sesta
      -inquietude
      -imaturidade

      É um menino cheio de vida e energia, mas, usou chucha até tarde e fez várias operações aos ouvidos e é muito infantil.

      Sabe como posso fazer o pedido para que ele entre mais tarde? Como fundamentar?

      Muito, muito Obrigada.

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  10. Ana, o meu do meio é de Novembro. O mais novo da sala... estive com receio que ele não acompanhasse o resto da sala, a maioria dos primeiros 6 meses do ano... Na Pré não tinha muita vontade de escrever, muito menos pintar e não estava nem aí para aprender as letras... Andei muito preocupada, embora me dissessem que estivesse descansada pois ele iria surpreender! E não é que aconteceu!!! Super atento, interessado e com óptimas notas! Compreendo perfeitamente o que diz, ia-nos custar imenso ver os amigos com quem está desde os 2 anos a avançar para o 1.º ano e ele ter de ficar mais um ano na Pré... ainda bem que está a correr tudo bem, estou muito aliviada e orgulhosa do mais novinho da sala!!!!
    Joana Zino

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  11. Olá Ana,

    Imagino a nostalgia deste momento para si.
    Está mesmo crescida.
    Eu entrei com 5 anos na escola, sou de novembro e quando me deparei com os parâmetros de "seleção" para a entrada no 1* ano fiquei assustada. Acho ridícula a separação que fazem os nascidos até 15de setembro dos que fazem de 16 de setembro a 31 de dezembro. se nasceram no mesmo ano, porque não podem entrar no mesmo ano na escola?!
    Não tive qualquer problema, graças a Deus, com a integração na escola que era ao lado do infantário. Andei com os mesmos colegas do infantário até ao 2* ano, depois mudei e conheci outros, mas não tive dificuldades. Tive a sorte de ter a minha tia como diretora da 2*escola, isso também era bom por me sentir mais "em casa" e adaptar me melhor.

    Torço para que a Conchinha entre com 5 anos. :)

    Beijinhos e muitas felicidades para a nova etapa.

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  12. O meu filho ficou "retido" por ser emocionalmente imaturo. Não ligou a mínima ao facto de uns terem passado e outros não (ficam sempre alguns para trás) e hoje com 8 anos é de longe o melhor aluno da turma e tem uma inteligência acima da média. Continua a ser o meu bebé, e preferi mil vezes que o tivessem retido do que dizerem-me que tinha de o fazer crescer à força. Conheço alguns casos de crianças que entraram na 1a classe aos 5 e passaram a primária a pagar por isso, porque alguém decidiu que eles tinham de ser crescidos quando na realidade eles precisavam de brincar mais um bocadinho. Quando a educadora e a psicologa, muito a medo me deram a notícia eu disse logo que aceitava de bom grado a decisão delas 😉

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  13. Obrigada Ana pela post. A baby MF também é de Outubro e é bom ir já ficando a par destas decisões tão importantes. Bj

    blogdamariafrancisca.blogspot.pt

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  14. Ana, a situação que foi descrita é adequada ao privado, como alguns comentários anteriores dizem.
    No ensino público só entram no primeiro ano as crianças que completam 6 anos até 16 de Setembro. As que fazem os 6 anos entre essa data e 31 de Dezembro, são os chamados "condicionados", entram se tiverem vaga num dos 5 estabelecimentos de ensino seleccionados.
    O meu filho é de 20 de Dezembro, tem 4 anos, frequenta o pré - escolar na escola pública e essa tem sido uma conversa recorrente com a educadora que o segue. Como é rapaz, e só quer brincadeira sempre achei que seria prematuro que aos 5 anos fosse "obrigado" a um regime de trabalho excessivo. Mas as professoras dizer-me completamente o contrário, por isso a minha prioridade como mãe será assegurar que possa entrar para o ensino básico no ano em que completa os 6 anos de idade.
    Nestas idades acho que eles crescem um pouco por eles e não por estímulo. Acho que as professoras e educadoras têm realmente um papel fundamental e devem garantir que os pais estejam sempre informados.
    Tudo de bom para a Carlota!!!
    Bjnhs

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  15. Não é atoa que Rudolf_Dreikurs, grande pedagogo infantil defende que as crianças só estão preparadas para ir para a escola (aprender)quando começam a trocar dentes...

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  16. Pois o meu é do inicio de janeiro, pelo que a questão nem se pôs. De qualquer forma a diferença para os que fazem anos em dezembro é praticamente nenhuma. Foi para o 1º ano com 6 anos, a fazer os 7 daí a meses, e digo-te que a diferença nele de um ano para o outro foi abismal. As coisas correram lindamente, mas não sei parecer que tivesse sido o mesmo se tivesse entrado um ano mais cedo. Acho que teria preferido se tivesse ficado mais um ano na pré se fosse esse o caso. Parece-me que teria, para ele, sido muito mais dificil de lidar com o não acompanhar ou ter mais dificuldade na escola primária, em que as coisas são efetvamente um bocadinho mais a sério. Opinião minha claro. :)

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  17. Acho um bocadinho triste esse pensamento de que as coisas sérias só começam a ser ensinadas na primária. As bases emocionais e sociais dos meus filhos foram desenvolvidas no jardim de infância e para mim isso são coisas realmente muito sérias. Mas provavelmente tenho esta maneira de pensar porque estou na área da educação.

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  18. Não concordo com o facto de nós pais "trabalharmos" mais os nossos filhos para que não sejam tão infantis na hora de fazer a transição do pré-escolar para o 1º ciclo. Não quero, com isto, criticar ou depreciar a sua opinião, de todo!!! Apenas vejo a coisa de uma prespectiva diferente. Acho que as crianças teem o seu "timming" próprio e o "ser infantil" é apenas a SUA maneira de ser, a SUA maneira de ver e viver o que acontece ao seu redor. Penso mesmo que nós pais, por mais que tentemos não conseguimos mudar isso. Uns, apenas, crescem um pouco mais rápido, mentalmente, que outros. Não sei bem se me faço entender... Apenas acho que tentar fazer com que uma criança não seja tão infantil, não vai fazer com que ela tenha mais capacidade de entender e apreender novos conceitos, com mais rapidez e clareza.
    A meu ver, se o professor diz que a criança não está ainda preparada para avançar e se a forçarmos, achando que um pouco mais de trabalho a seguir vai resolver a situação, é um erro. Apenas vamos tornar o que devia ser levado com normalidade e até alguma brincadeira, num inferno! Numa obrigação! E quase sempre os deveres de casa e a escola se tornam num "bicho papão". Depois as crianças dizem que não gostam da escola, porque é difícil, porque não estão ainda preparadas. E além disso, não acompanhar os amiguinhos de sala não é o fim do mundo. Até porque uns vão para a mesma escola outros não, uns por vezes, se a escola abrir mais que uma turma, ficam em turmas diferentes e acabam por fazer novos amigos. Não é isso que os vai traumatizar, mas OBRIGAR uma criança a trabalhar, PORQUE PRECISA, mais que os outros! Isso sim pode ser muito traumatizante. Não se preocupe se a C. pequenina for infantil, até porque pelo que diz o mais provavél é que não o seja de todo. Se assim for e tiver de ficar mais um ano na brincadeira, tanto melhor para ela, no primeiro ciclo vai ter uma aprendizagem muito mais tranquila e agradável, na minha opinião é claro, e volto a frisar que é só uma opinião diferente e um comentário com o intuito de a ajudar a ver a coisa de uma maneira diferente :)
    Liliana Caniço

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  19. Não se trata aqui de nenhuma retenção, porque a escolaridade obrigatória é até 16 de setembro. Cada criança é única e na minha opinião tendo em conta as exigências do currículo, não é de forçar uma entrada no 1.º ciclo de crianças que de facto ainda não estão abrangidas pela escolaridade obrigatória. Não é de todo conveniente, Ana e pensar que nesse 1.º ano se pode dar um empurrão é um erro, as exigências são cada vez maiores e cada vez mais os pais que tomaram essa decisão se arrependem. Mas como já referi cada criança é única e só mesmo quem tem conhecimentos para as avaliar é que se pode pronunciar corretamente sobre esse assunto

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  20. Eu entrei com 5 anos para a escola e era muito muito infantil, mas não foi por isso que demorei mais tempo a aprender que os outros. Passei todos os anos e entrei para a faculdade com 17. Aí é que está o verdadeiro problema, ter que decidir o que se quer da vida com 17 anos é muito cedo, até com 18, 19, 20... Quanto mais. Também acho que as crianças começam a escola muito cedo, mas também não sei qual seria a melhor solução.

    http://entreosmeusdias.blogspot.pt

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  21. Ana Lemos disseste que caso fosses informada mais cedo tudo farias para ajudar a tua filha a desenvolver-se de modo a estar preparada para entrar com 5 anos e não ficar para trás sem os amiguinhos. O que farias para que ela desenvolve-se a sua maturidade e fica-se "apta" a integrar a primeira classe?
    Graças a Deus que é menos um problema que tenho, soube fazê-los para nascer em Maio e Junho ;)

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  22. Dos posts que escrevi que mais informações postivas recebi (se bem que algumas escritas de forma irónica e sem perceberem que há coisas que são ou deviam ser subentendidas, como é o caso de achar muito, mas mesmo muito importante toda a aprendizagem que têm até chegaram à primária e quando digo vão aprender coisas mais sérias nunca foi para menosprezar o que até então aprenderam).
    Vou mesmo ponderar (se na altura o puder fazer) se a Concha vai logo para a primária ou fica mais um ano, como aqui tantas pessoas disseram que devia fazer. Acho que devem brincar sim, mas também há muitas formas de ensinar a brincar e por acaso tenho a sorte de neste colégio estarem muito avançadas mas atraves de uma aprendizagem que tem muita brincadeira. Percebi imensos pontos de vista e apenas quero esclarecer que ao dizer que estaria mais atenta a pormenores infantis da Concha no ano que frequentar os cinco anos, seriam coisas como já não ter de explicar qual o sapato esquerdo e direito, já não ajudar a dar comida à boca, não deixar que fale constantemente a bebe e tantas outras coisas que até nem acho que faça, mas que são elas que podem tornar as crianças mais infantis e estas sim, acho que podem ser ultrapassadas e algumas vezes só não são feitas por preguiça dos pais.
    Brincar ainda hoje eu gosto de fazer, mas calma acho que alguma disciplina não faz mal a ninguém (e não não é preciso ser com muita rigidez, não pensem que sou uma mãe de apito como na música do coração).
    Muito obrigada a todas pelas explicações e sugestões. Eu fiquei muito mais esclarecida e espero que outros pais também.

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    1. Uma vantagem gigante que eu vejo em ter irmãos é que se estimulam uns aos outros...tenho a certeza que a Concha vê a irmã mais velha como um ídolo, eu noto isso no meu mais novo, o que o irmão faz ele também faz e na minha opinião pessoal os segundos filhos são muito mais desenrascados que os primeiros. Por isso acredito que a Concha não terá qualquer problema...

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  23. A mim assusta-me o que é o ensino hoje...vejo aqui falarem de entrar para a primária como começar a trabalhar e nunca mais poder brincar na vida...será que mudou assim tanto desde o meu tempo ou que se está a exagerar? Tenho 25 anos e durante todo o ensino obrigatório fartei-me de brincar. Não se estará a exagerar quando se insinua que a entrada para a primária é o fim de poderem brincar? Se calhar não, eu é que não estou por dentro do que mudou o sistema nos últimos 18 anos...

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  24. olá Ana :) A minha filha mais velha nasceu no final de Dezembro. Optámos por colocá-la com 5 anos. Pior decisão de sempre. Tem a diferença de 1 ano da grande maioria dos colegas. Claro que a maturidade e o raciocínio são diferentes e, como dizia a professora, não é coisa que se compre na farmácia. Foi esperar e desesperar.
    A propósito do tema e agora que a Carlota vai para a primária, já viu a petição para alteração das metas curriculares no 1º ciclo? Se na minha primeira filha já achei um exagero a quantidade e complexidade da matéria, com a alteração do programa dou por mim a explicar fracções à minha miúda de 7 anos!
    Beijinhos
    Sara Alves

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  25. Deparo-me com essa realidade. A minha filha faz anos em outubro e vai para o primeiro ano. Inicialmente não sabíamos se devíamos inscrevê-la no primeiro ano, mas agora a educadora diz que já nota uma evolução na sua maturidade. A turma dele tem vários meninos na sua situação, o que será vantajoso. Veremos. Não são decisões fáceis.

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  26. O meu mais velho entrou com 5 anos e arrependi-me mil vezes. Era desenrascado e inteligente segundo a professora mas tinha muita dificuldade em manter - se quieto. O mais novo mesmo contra a opinião da professora (e do pai) não deixe que entrasse com 5, a nossa vida foi muito mais fácil
    Mas a verdade é que por muitas opiniões que se ouçam quando os pais acham que isso é uma mais valia para os filhos é difícil demove-los!

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  27. O meu mais velho entrou com 5 anos e arrependi-me mil vezes. Era desenrascado e inteligente segundo a professora mas tinha muita dificuldade em manter - se quieto. O mais novo mesmo contra a opinião da professora (e do pai) não deixe que entrasse com 5, a nossa vida foi muito mais fácil
    Mas a verdade é que por muitas opiniões que se ouçam quando os pais acham que isso é uma mais valia para os filhos é difícil demove-los!

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  28. Tenho duas filhas: uma de outubro, que entrou com 5 anos, perfeitamente adaptada e preparada. Hoje está no 8º ano, é uma líder, sempre teve excelentes notas, é autónoma e responsável no estudo e sempre se relacionou bem com os pares. A mais nova é de agosto, entrou com 6 anos, está agora no 4º ano e se pudesse levava sempre brinquedos para a escola. É imatura e preciso estar sempre "em cima " para estudar, raramente tem "muito bom" apesar de eu achar que ela tem um raciocínio lógico-matemático melhor do que a irmã. No 1º ano cheguei mesmo a falar com a professora se não seria melhor retê-la, embora ela tivesse adquirido os conhecimentos necessários, mas não a maturidade e as competências de trabalho e isso estava a deixá-la frustrada ao comparar-se com algumas das amigas. A professora, porém, não achou boa ideia... Para mim uma retenção no 1º ciclo não é relevante e pode realmente ser um ponto de arranque para o futuro ( se isso não significar ficar com uma turma de dois anos diferentes, porque a professora nõa consegue dar o acompanhamento necessário devido à exigência dos programas e ao número de alunos por turma). No entanto, relativamente às idades do início escolar é muito relativo e cada caso é um caso....

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  29. Cara Ana:
    Não estar mais em desacordo consigo. Não acredito numa prontidão preparada pelos pais, mas, sim, numa prontidão ou maturidade própria da criança.

    O que se segue quando as crianças não estão prontas e se força a entrada no primeiro ciclo ( para ser igual aos pares) é um batalhão de consultas pedopsiquiátricas, acompanhado por testes daqui e acolá e por vezes, até, com medicamentos à mistura para favorecer a quietude e concentração.

    Com tudo isto, não se respeita o TEMPO DE CADA CRIANÇA.


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  30. Boa Tarde,estou a passar por uma situação semelhante e tenho que tomar decisões definitivas em pouco tempo.A psicóloga e a educadora do meu filho de 6 anos (Feitos em Fevereiro) acham que o meu filho não está preparado para a primaria por ter algumas dificuldades motoras,atrasos na fala e ter um ritmo mais lento a revolver exercícios lógicos.Eu como mãe não creio que isso seja um entrave para entrar na escola pois é algo se toda a Família trabalhar em ajudá-lo ele vai conseguir melhorar.Não sou psicóloga,mas acho que nenhuma criança entra na primaria como um soldadinho pronto para os desafios.Eu confio no meu filho e sei que vai conseguir,a mudança só custa no início e quando se habituar á escola será mais fácil.O pai quer mante-lo na pré mais 1 ano, ou seja, iria para a escola com 7 a fazer 8, eu não quero.O que acham?

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    2. Cara Rosy:

      Existem 11 mil crianças que todos os anos reprovam na 2.ª classe. Por vezes, essa reprovação é determinante para o insucesso escolar e contribui para uma baixa autoestima da criança, que não consegue acompanhar as Outras, sendo que nalguns casos, as crianças são até gozadas pela turma.

      Se os profissionais da área lhe dizem que o seu menino não está preparado, então, respeite essa decisão.

      Preocupe-se em respeitar o TEMPO DO SEU FILHO e não em cumprir o TEMPO DO CALENDÁRIO ESCOLAR.

      Se a psicóloga e a educadora são da opinião que será melhor para o seu menino ficar mais um ano na Pré, então, Aceite em prol da Felicidade do seu menino, essa opinião dada por quem sabe e o conhece.

      Sabia que na Filândia, que tem o melhor sistema educativo do MUNDO, as crianças só entram na primária com 7 anos feitos?

      Tenho a certeza que o seu menino irá ter um Excelente percurso escolar. Tenho a certeza que é um menino inteligente e criativo. Mas ... só poderá exprimir as suas capacidades se respeitarem o TEMPO dele.

      Por muitas ajudas que ele tenha, será sempre o seu menino que estará sozinho numa Turma o dia todo, a sentir-se sempre "menos que" e "incapaz de", só porque a Mãe não quis aceitar as Opiniões dos Profissionais.

      Não queira ser AQUELA que empurrou o seu Filho para o insucesso Escolar.
      Não queira ficar com esse ónus para sempre e com a pergunta na sua cabeça: E se eu tivesse esperado 1 ano?

      Desculpe a brutidade das minhas palavras, mas, a minha situação é idêntica à sua. Simplesmente, eu, por muito que me custe, irei acatar o que a Psicóloga Educacional me dirá dizer muito em breve.

      Desejo-lhe as maiores Felicidades para si e para o seu lindo Menino.

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  31. Olá. Sou mae de uma menina de 4 anos a completar 5 a 24 de Dezembro de 2016. Em Moçambique o ano escolar é de Fevereiro a Novembro. Sendo assim, embora saia da escolinha a em Dezembro, a indicação da escola primaria para onde gostaria que fosse é de que vá para a pré, e não para a 1a.
    Gerir. .. é muito difícil para mim digerir isso porque temos sobrinhos do mesmo ano mas a completar 6 em Junho de 2017 que irão para a 1a... receio que minha filha se sinta atrasada quando comparada aos primos... (na verdade penso que isso é mais vaidade minha que dela...). Sei o que deve ser feito (aceitar que faça a pré e não a 1a) o que me falta mais é.... coragem!!!

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